29 novembro 2011

Da sonolência

Não gosto de dormir pouco. Passo o dia a cair de sono, desconcentrada, com olheiras e pele baça, de mau humor, cansada... Esqueço-me de fazer posts aqui no blog. Almoço duas vezes (para suprir a falta de sono - não é bem falta de sono, sono tenho e muito, mas deu para perceber -, nada como compensar na comida. Não é uma regra geral, é uma regra minha, que sou gulosa). O trabalho parece dez vezes mais penoso que o habitual. E rezo para não apanhar muito trânsito, senão a possibilidade de adormecer ao volante é grande. Nada de bom vem de dormir pouco.

28 novembro 2011

Do fechamento

Não gosto de pessoas que dançam em rodinha. Vamos a um bar, tudo parece normal, quando um grupo de tansos começa a dançar em rodinha. Provavelmente são pessoas fechadas, que não gostam de convívio com outras pessoas (como eu, no fundo), e que, até quando vão sair para dançar, gostam de se fechar em copas. Começam a formar uma roda, primeiro quatro, depois juntam-se mais dois, depois mais três, e fica ali um círculo gigante, constituído por um grupo de amigos, que dançam uns para os outros. Para ficar mais ridículo, só se um ou dois forem dançar para o meio. Aí já merecem honras de super cliché de filme americano. Surreal seria se os outros todos começassem a dançar sincronizados, mas isso já sou eu a sonhar.

25 novembro 2011

Da inutilidade

Não gosto de fogo de artifício. Não vejo qual a graça e/ou utilidade daquilo, para além dos rios de dinheiro que custa e que as câmaras insistem em gastar todos os anos, nas festas. É um problema idêntico ao das iluminações de Natal. Li uma notícia que dizia que quase todas as câmaras municipais este ano vão poupar bastante em luzes e decorações de Natal. Excepto a Madeira, que gastou 3 milhões de euros (!). Isto é absurdo e não devia de forma alguma ser permitido. Suponho que as pessoas da Madeira vão andar encadeadas nas ruas, com tanta luz. Fogo de artifício, luzes de Natal... Tudo coisas menores e estupidamente caras, que só servem para emagrecer os cofres do Estado. Compreendo que haja algumas festas e ocasiões simbólicas onde seja tradição haver uns foguetes e fogo de artifício e tal, mas acho que era preciso mais contenção nos gastos.

24 novembro 2011

Da limpeza

Não gosto de lavar os dentes. Já sei que me fica muito mal dizer isto, mas não gosto, é a verdade. Claro que nao é por não gostar que não os lavo. E agora, desde que tenho aparelho, lavo ainda mais vezes. Mas não gosto. É uma tortura. Lembro-me que uma vez comi um iogurte depois de lavar os dentes e aquilo sabia muito mal. Provavelmente foi desde então que fiquei com este trauma e, inconscientemente, penso que nunca posso comer nada a seguir a lavar os dentes porque vai saber a lixo. Sempre que vou lavar os dentes, parece que vou para a forca. Aborrece-me. Sujo-me toda de pasta de dentes, sempre. Depois, como tenho os dentes sensíveis, dói-me se bochechar com água fria... Desde que tenho uma escova eléctrica, o processo tornou-se um pouco menos doloroso, mas mesmo assim continua a ser penoso. A sensação de frescura e limpeza no final são a única coisa que me anima.

23 novembro 2011

Do vício

Não gosto do formato deste blog. De vez em quando (poucas vezes, calma, continuo a ser mau-feitio) apetece-me ser positiva e partilhar uma coisa que gosto e este formato não o permite. Às vezes consigo dar a volta, mas desta vez não consigo, por isso vou dizer abertamente: adoro panikes. Ando viciada em panikes. De chocolate e de ovo. Mistos também, em terceiro lugar. Todos os dias como um panike. Isto começou um dia que ia passar no bar e senti o cheiro a panikes quentes. A partir daí, foi sempre a descer. Sonho com o dia em vou comer um panike misto, um de ovo e outro de chocolate. Os três seguidos. E sem ser uma refeição principal, assim só para aconchegar o estômago. Eu sei que tenho de parar com isto, mas eu eventualmente hei-de enjoar tanto óleo. Posso é ficar obesa até isso acontecer... No worries, eu tenho um metabolismo rápido e facilmente transformo os panikes em sono, concretizado durante a aula de Contabilidade.

22 novembro 2011

Da resistência

Não gosto de mudanças. Sou uma pessoa resistente à mudança. A mudança é sempre para pior, não tenhamos ilusões. Tenho o exemplo disso aqui na empresa: sempre que se muda de servidor, de serviço de internet, de gestor documental, tudo fica pior, a funcionar mal, para sempre. Vamos mudar de instalações e é óbvio que vai ser para pior, não tenho qualquer esperança que as nossas condições de trabalho mudem para melhor. Que mania que as pessoas têm de mudar, só por mudar, sem pesarem bem os prós e os contras e decidirem se realmente vale a pena ou se é uma perda de tempo e recursos. Até à data, não tive assim grandes experiências bem sucedidas com mudanças, por isso estas não são muito bem-vindas.

21 novembro 2011

Da saturação

Não gosto de pessoas que põem vídeos e mais vídeos no Facebook. Não sei se já disse isto aqui, provavelmente sim, já que é uma coisa que me irrita há muito, mas vou repetir, para se perceber o alcance do meu ódio. Há pessoas que, ora de vez em quando umas, ora todos os dias outras, vão ao Youtube e põe dezenas de vídeos na sua wall. Vídeos de tudo: vídeos de músicas, de concertos, vídeos (supostamente) engraçados... Nós olhamos para aquilo, às vezes até é preciso chegar ao fim da página e clicar no 'older posts', e até nos parece que aquilo foi construído ao longo de dias, semanas quiçá. Mas vamos ver a data e afinal não, aquilo foi tudo posto ali há um par de horas. Pessoas, toda a gente tem acesso ao Youtube, logo toda a gente tem acesso a esses vídeos todos. Não vale a pena perderem horas do vosso tempo a porem isso tudo no vosso perfil, porque ninguém vai ver. Não é serviço público o que vocês fazem, é so parvo.

18 novembro 2011

Do sabor

Não gosto de bolos de chocolate. Toda a gente se admira muito quando digo isto. Nos aniversários, é normal haver sempre um bolo de chocolate, pelo menos. Bolo brigadeiro, bolo de chocolate, bolo com qualquer coisa que envolva chocolate. E quando eu digo que não quero, vejo o horror nas caras das pessoas. Eu não gosto. Não sou freak por causa disso. Simplesmente não gosto muito de chocolate e de coisas que envolvam chocolate no geral, tipo mousse de chocolate ou gelado de chocolate. Gosto apenas de panikes de chocolate (o meu mais recente vício) e de (apenas) alguns chocolates que tenham mais alguma coisa para além de chocolate, seja bolacha, amendoim, arroz tufado ou qualquer outra coisa, por exemplo, Snickers ou Twix (ou Raider para os mais velhos *wink*) ou Mars Delight (por falar em Mars Delight, não tenho visto à venda, por isso suponho que tenha sido descontinuado. Senhores da Mars Portugal, por favor retomem a produção). Para além disto, contam-se pelos dedos as coisas que têm chocolate e que eu gosto. Por isso, não fiquem tão admirados por eu não comer o vosso bolo de aniversário ou de casamento se ele tiver chocolate.

17 novembro 2011

Da diferença

Não gosto de estudantes Erasmus. Primeiro, são todos bêbedos. Os Erasmus gastam o seu tempo da seguinte forma: 50% dormir, 40% beber, 10% fumar ganza. Segundo, independentemente do país de origem, são todos porcos. Não tomam banho e andam com o cabelo a escorrer óleo (alguns deles com rastas quase podres). Depois o que mais me causava espécie era o transtorno que eles nos causavam nas aulas. Apareciam à primeira aula das cadeiras e nunca mais ninguém os via lá. Por causa deles, tínhamos de dar aulas em inglês, apesar de eles não irem de facto às aulas. Depois gerou-se aquela ideia que os Erasmus nunca podem reprovar. Então os professores acabavam sempre por passá-los, mesmo que eles não tivesem feito os trabalhos e os testes. E claro, nós, os demais, sentíamo-nos injustiçados. Se eles têm a nota inflacionada em 3 valores, eu também agradeço que aumentem 3 valores à minha nota. Eu sei que posso estar a ser injusta, mas odeio-os.

16 novembro 2011

Da turbulência

Não gosto de me chatear à noite. Não gosto de me chatear nunca, ninguém gosta, mas à noite é muito pior. Porque não temos tempo para nos reconciliarmos. Porque vamos dormir a seguir e não dormimos descansados. Porque temos pesadelos baseados nos acontecimentos recentes. Devia ser proibido as pessoas chatearem-se à noite ou irem dormir com assuntos pendentes. Para poderem ter uma noite de sono descansada. Não há nada tão bom como dormir bem. Arrisco-me a dizer que o meu maior desejo neste momento é poder dormir doze horas seguidas. Que se lixe a paz no mundo, eu quero é dormir.

15 novembro 2011

Da dificuldade

Não gosto de ir para as aulas e não ter lugar para estacionar. Já na altura do meu primeiro curso, era muito vulgar eu chegar ao parque, ficar lá meia hora à procura de estacionamento em vão e, finalmente, desistir e ir embora. Faltei a muitas aulas por causa disso. Aliás, foi a segunda maior causa do meu absentismo (a primeira era o sono). Hoje em dia, a história repete-se. Chego cedo e o parque já tem o semáforo vermelho. Já ninguém entra mais. Depois o pior é que ainda tenho de ficar na fila para sair, e de um sítio que nunca entrei! Os lugares cá fora estão todos cheios, chove a cântaros... É um desespero. Às vezes penso que é urgente inventar um carro que dê para meter ao bolso. Saíamos do carro à porta no nosso destino, carregávamos num botão, ele dobrava-se todo e metíamos na carteira. Anyone? Era tudo tão mais fácil. Menos para os senhores da EMEL (acho eu, não sei, não sou de Lisboa...), que provavelmente iriam engrossar as filas do desemprego.

14 novembro 2011

Da procrastinação

Não gosto de estudar. Já não me lembrava do que era ter de estudar para testes. E daquela sensação de que, quando temos de estudar, tudo nos parece tão melhor. Tarefas rotineiras e chatas como lavar loiça, limpar o chão, arrumar armários, cortar unhas, tudo se nos afigura melhor que estarmos agarrados aos livros. Encontramos sempre algo mais importante e urgente para fazer que estudar. 'Eh pah, eu sei que tenho de estudar, mas é mais urgente trocar a areia do caixote do gato. Vou fazer isso e depois estudo.' Foi assim o meu fim de semana. Acabei por não fazer nada de especial, porque tinha de estudar, mas também acabei por não estudar muito, porque arranjava sempre alguma desculpa. Agora que a data do teste se aproxima, é melhor deixar-me de procrastinações e começar a estudar a sério.

11 novembro 2011

Da sofreguidão

Não gosto de comer fora. Quer dizer, gosto, até vou (ou ia, antes de as aulas à noite começarem) muitas vezes, mas há uma situação que me aborrece. Eu sou uma trapalhona a comer. Hmmm, se calhar trapalhona não ilustra bem a situação. Eu sou o monstro das bolachas, pronto. É muito fácil ver qual era o meu lugar numa mesa vazia, é o que está mais sujo, com comida na mesa e nódoas na toalha. Não consigo comer civilizadamente. Então não gosto muito de ir comer fora, especialmente com pessoas com quem não tenho muita confiança, e ter as pessoas a olharem para mim, com aquele ar de reprovação/pena/nojo. Tenho por hábito escolher lugares onde fico virada para a parede, televisão ou sítios onde estejam poucas pessoas, para, assim, estar mais à vontade. Sinceramente, não percebo bem qual é o problema de comer depressa. Mas, pelas vezes que ouço 'Come devagar!', não deve ser nada de bom.

10 novembro 2011

Da antiguidade

Não gosto da designação vintage. Vintage, supostamente, é a recuperação do estilo das décadas 20 a 80 aproximadamente. Ou seja, é a reedição de peças novas, mas com aspecto de antigas. Ou então peças mesmo antigas, usadas, em segunda mão. Por exemplo, vai haver uma venda de garagem de artigos vintage. Estive a dar uma vista de olhos e é só tralha com anos e anos em cima, coisas do tempo da minha avó, lixo basicamente. Isto não se deveria chamar vintage, deveria chamar-se artigos usados e antigos. Isso de chamar vintage às coisas antigas é só para parecer bem, porque no fundo são velharias, só que com um nome chique.

09 novembro 2011

Da simpatia

Não gosto quando, no trabalho, vou almoçar e me desejam 'Bom almoço!'. Fico fula. Isso quer dizer o quê? Que a comida esteja boa e me saiba bem, em vez de estar estragada e eu ficar com uma intoxicação alimentar? Que eu tenha uma hora de almoço maravilhosa, cheia de arco-íris e potes de ouro? Não sei bem porquê, mas odeio esta expressão. E todos os dias ouço isto umas duas ou três vezes, no mínimo, dependendo do número de pessoas com quem me cruzo quando vou almoçar. É uma coisa que me tira do sério e não consigo sequer responder. Então faço sempre aquele sorriso amarelo de cortesia e sigo o meu caminho. Por este andar,  começam a desejar 'bom pequeno-almoço' ou 'bom lanche'. Isto não faz sentido nenhum na minha cabeça. Porque é que as pessoas, querendo mesmo ser simpáticas (coisa que até nem faço muita questão), não dizem só 'até já'?

08 novembro 2011

Da agressividade

Não gosto do tipo de publicidade agressiva que as empresas praticam hoje em dia. Talvez levadas pela crise e pela pouca adesão de novos clientes, parece que as empresas encontraram uma nova forma de publicitar os seus produtos e tentar fazer negócio. Agora não são só os jeovás e as pessoas da tv por cabo que nos vêm bater à porta, são comerciais de telecomunicações e de bancos! Há umas semanas, no mesmo dia, vieram bater à porta da empresa onde trabalho 4 (!) comerciais da vodafone. No mesmo dia, 4 pessoas diferentes, para nos aborrecerem com ofertas e tarifários e bla bla. No dia seguinte, ainda apareceu mais um apareceu também uma tipa do Barclays. Já não bastava aborrecerem as pessoas nos shoppings, agora também andam de porta em porta. Eu entendo que tenham de arranjar novas formas de expansão e que a crise veio difucultar a vida às empresas, mas poça... Tenham paciência. Ao menos, falem uns com outros, para não deixarem passar esta imagem de andarem 10 cães atrás de um osso. Pessoalmente, não seriam estas manobras e tipo de pressão que me fariam mudar para uma nova operadora ou a abrir conta num banco. Aliás, teriam até o efeito contrário. Não sei se isto resultará de facto com as restantes pessoas, mas, fogo, ide morrer longe!

07 novembro 2011

Da depressão

Não gosto de pessoas depressivas. Arrastam-nos para a sua teia de tristeza e melancolia. Por mais que queiramos estar contentes à beira delas e até animá-las, elas não querem sair daquele círculo depressivo. Gostam de ser infelizes e miseráveis. Cultivam a infelicidade. Depois estas pessoas todas costumam gostar muito de Radiohead. Ouvem aquilo e ficam ainda mais miseráveis e negativas, e tudo lhes corre mal e não têm sorte nenhuma. Não admira que sejam depressivas, se eu ouvisse aquilo mais de meia-hora já tinha cortado os pulsos há muito tempo. Nem o gothic metal depressivo que eu ouço me deixa nessa disposição. Como se diz, tristezas não pagam dívidas, por isso é deixar de ouvir Radiohead e andar para a frente com a vida.

04 novembro 2011

Da condução II

Não gosto de velhinhos a conduzir. Tenho uma teoria: os velhinhos acham que, pela sua longevidade, têm prioridade (como nos autocarros e supermercados e outros que tais) e, como tal, podem fazer tudo. E sem avisar! Não é estranho vermos um carro estacionado, com um velhinho ao volante, que, sem que nós o prevíssemos, sai do estacionamento, sem dar pisca ou sem olhar para ver se vem algum carro. Lá está, a prioridade que eles estão habituados a ter. É normal também vermos velhinhos a andar na auto-estrada a 40 km/h ou em localidades a 10 km/h. Apesar de estas velocidade serem proibidas por lei, o estatuto que os velhinhos alcançaram permite-lhes circular como bem lhes apetecer. A minha sugestão é que os veículos pertencentes a velhinhos tenham um dístico que os identifique e que permita aos restantes condutores cederem-lhes sempre prioridade. Todos os carros conduzidos por velhinhos deveriam ter atrás um autocolante que dissesse 'Sénior - Vale tudo'.

03 novembro 2011

Da condução I

Não gosto de mulheres a conduzir. Eu admito: as mulheres conduzem mal no geral. Algumas conduzem bem, outras safam-se, outras são uma vergonha. A grande maioria não devia ter carta. Vou só falar de alguns dos sinais típicos de que a mulher que está à frente do volante é uma típica mulher a conduzir: não sabe estacionar (mesmo naqueles lugares em espinha), não cede passagem a ninguém (sem excepção), vai na faixa da esquerda super devagar com uma fila de carros enorme atrás e sem ninguém à direita, vai colada ao volante e agarra-o com as duas mãos (como se ele fosse fugir se o largar,) anda à noite sem luzes (reparem, a sério, são sempre mulheres!), anda com as luzes de nevoeiro acesas sem estar nevoeiro... Tanta coisa. Fazem merda atrás de merda. Por favor, senhoras, vamos tentar dar um melhor nome à classe, Sim, eu incluída. Apesar de não cometer estes erros típicos, sou uma besta na estrada (mas por outras razões).
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