31 maio 2011

Do fumo II

Não gosto de não-fumadores radicais. Ou seja, aquelas pessoas que não podem ver um bocado de fumo que armam logo um escândalo. Ai que eu não posso levar com o fumo, ai que isso incomoda-me muito, ai que eu tenho asma e dá-me já um ataque, ai que não vou para aí porque se fuma. Odeio. Normalmente os ex-fumadores tornam-se nestas pessoas. Eu sempre prometi a mim mesma que mesmo quando deixasse de fumar nunca ia ser assim. É óbvio que o fumo incomoda as pessoas, aliás, incomodava-me mesmo quando eu era fumadora, isto não é exclusivo dos não-fumadores, mas não vamos ser assim tão picuinhas, está bem?

30 maio 2011

Do fumo I

Não gosto de levar com o fumo dos outros. Especialmente de manhã. Isto sempre me incomodou, mesmo quando era fumadora. Agora que deixei, é ainda pior. Nunca percebi como há pessoas que conseguem fumar de manhã, só de pensar nisso dá-me vómitos. Ao menos que tenham comido qualquer coisa antes, porque fumar de estômago vazio, para além de ser nojento, é muito mau para a saúde.

27 maio 2011

Da limpeza

Não gosto de guardanapos de pano. Isto é ainda mais verdade se estiver a comer num restaurante. Não gosto do toque, prefiro os de papel, que são mais suaves e limpam melhor. Se estiver fora de casa, acresce a questão da higiene. Eu sei que provavelmente os senhores dos restaurantes lavam aquilo em lixívia para desinfectar bem e a questão da higiene nem se deve pôr, mas faz-me confusão saber que um ser desconhecido andou a limpar ali a boca. Para além disso, com os guardanapos de pano temos de fazer aquela coisa horrível que é pôr o guardanapo a tapar as pernas e eu recuso-me a fazer isso, e acabo por ser a única totó com o guardanapo dobrado em cima da mesa. Sempre que possível peço guardanapos de papel, para não parecer tão mal em termos de etiqueta e porque gosto infinitamente mais.

26 maio 2011

Dos pormenores

Não gosto de blogs que abrem os comentários na mesma janela ou tab em que estamos. Picuinhice minha, eu sei, mas gosto que os comentários abram naquela caixa pequenina. Assim podemos ver simultaneamente o blog e a caixa de comentários. E quando acabamos, basta fechar a caixinha, não é preciso fazer voltar para ir de novo para o blog. Então quando estamos num post mais para lá baixo e voltamos ao início da página e ainda temos de andar à procura do post que estávamos a ver é muito pior. Assim como gosto que todos os links em que carrego abram numa nova tab e não na mesma, pela razão supra citada. É uma questão de simplicidade e rapidez.

25 maio 2011

Da calma

Não gosto de me chatear à noite. Quer dizer, não gosto em nenhuma altura do dia, mas à noite é muito pior, porque a seguir vou para a cama e não consigo dormir. Tenho de esclarecer tudo e tem mesmo de ficar tudo bem, senão já sei que vai ser uma noite às voltas na cama, a pensar na chatice, e no dia seguinte vou andar com olheiras e mau humor o dia todo. Nestas situações, a única coisa que me ocorre é agradecer a quem inventou os calmantes por me proporcionar uma boa noite de sono, apesar dos contratempos.

24 maio 2011

Do transtorno

Não gosto de combinar coisas e que depois à última hora desmarquem. Ou pior ainda, que não apareçam. Felizmente esta última situação não acontece muitas vezes, mas já me aconteceu, e acho que é uma grande falta de respeito. Quanto a desmarcar à última hora, é chato porque uma pessoa faz planos e já está a contar com uma coisa e depois afinal muda tudo. Por exemplo, eu combino ir jantar com uma amiga. Aviso a mami que não vou jantar em casa, já tomei banho, vesti-me, eventualmente maquilhei-me, e 15 minutos antes da hora combinada, mesmo antes de sair de casa, recebo uma mensagem a dizer que afinal não há jantar. Fico aborrecida, pois claro, porque estive a arranjar-me para nada e para além disso não tenho comida para o jantar. Por isso, se querem desmarcar coisas, pelo menos façam-no com a devida antecedência.

23 maio 2011

Do espaço

Não gosto daquelas pessoas que conduzem no meio das faixas. Se há duas faixas de rodagem, é para circularem dois veículos simultaneamente, não é para ir um idiota qualquer no meio, para ter mais espaço. E o pior é quando não se apercebem da porcaria que estão a fazer, apitamos e eles nem se quer se dão conta, não saem do meio para deixar os outros veículos passarem. Pessoas que conduzem sem atenção, por favor tentem inteirar-se do que se passa à vossa volta, usem os retrovisores, eles estão lá para isso, e não conduzam como se fossem as únicas pessoas na estrada. Gostava de saber se estas pessoas tiraram a carta na CEAC.

20 maio 2011

Da empatia

Não gosto quando vou ao cabeleireiro e as cabeleireiras, que eu não conheço de lado nenhum, metem conversa comigo. Eu não quero que façam conversa de chacha, eu só quero estar sossegada enquanto me arranjam o cabelo, e de preferência rápido. Deve ser uma das cadeira do curso: 'Conversas com clientes I e II'. E isto ainda é pior se se conhece mais ou menos a cabeleireira em questão, i.e., se já lá fomos mais de duas vezes. Aí devem achar que somos amigas do peito e então é o terror. Por isso, odeio ir a cabeleireiros e vou só quando tem mesmo de ser.

19 maio 2011

Da redundância

Não gosto daquelas pessoas que antes de meterem a louça na máquina de lavar, praticamente lavam a louça toda. Nestes casos, a máquina torna-se um bocado redundante e só vai dar mais despesa, em termos de luz e água. Se a máquina é de lavar louça, porquê lavar a louça antes de a meter lá? Eu até percebo que se passe rapidamente por água antes e se tire a sujidade maior, mas há pessoas que lavam com detergente e tudo. São dúvidas que me atormentam.

18 maio 2011

Do desentendimento

Não gosto quando alguém tem um acidente de carro e me dizem qualquer coisa como 'o outro condutor não se declarou culpado'. Pessoas, vamos ver aqui uma coisa: primeiro, isso quer dizer o quê? Tipo, eu bato no vosso carro por trás porque não consegui travar a tempo, saio do carro e digo 'sou culpada, assino onde?', é isso? Não é assim que funciona. Mesmo que alguém tenha consciência de que tem culpa no acidente e o diga, existe alguma declaração que possam assinar que afirme isso mesmo? Não, não existe. O que existe é a declaração amigável de acidente. E isso não é ninguém declarar-se culpado, ainda que tenha a culpa. Isso serve para descrever como aconteceu o acidente, com o desenho e outros pormenores, para os condutores fornecerem os seus dados e, quando estiver preenchida, para cada condutor entregar a sua cópia na sua seguradora. O que acontece depois é que as seguradoras decidem de quem é a culpa. Vocês até podem escrever na descrição que têm culpa se vos apetecer, mas se as seguradores decidirem que é o outro, elas é que mandam. E serem o condutor A ou o condutor B não influencia em nada o terem ou não culpa, ok? É simplesmente uma forma de denominação. Estas coisas irritam-me profundamente, ainda mais quando ouvidas da boca de pessoas que eu considerava mais ou menos cultas e informadas e instruídas.Quando vêm com essa conversa para cima de mim, eu respiro 3 vezes e tento explicar calmamente como se desenrola o processo e que isso de se declarar culpado é um mito.

17 maio 2011

Da iniquidade

Não gosto de trabalhos de grupo. Nunca gostei, desde os tempos de faculdade. Preferia mil vezes fazer um exame do que fazer um trabalho de grupo, nem que fosse de 3 páginas. Primeiro, porque isso implica falar com pessoas (e para mim, que sou meia anti-social, é um martírio) e discutir ideias e cada um quer sempre levar a melhor e nunca se chega a conclusão nenhuma. Depois porque há também aquela hipótese de as pessoas todas se reunirem para discutir o trabalho e acaba-se por falar de tudo menos do trabalho de grupo, desperdiçando assim tempo e paciência. E por último, e talvez o ponto mais importante de todos, é que há sempre uma pessoa que faz muito mais que as outras e há sempre um manguela que faz quase nada ou absolutamente nada e se vai aproveitar do trabalho dos outros. Isto porque mesmo que o trabalho tenha sido sido igualmente dividido por todos e essa besta não fez a sua parte, é preferível os outros fazerem a parte da besta do que entregarem um trabalho incompleto, uma vez que a nota é igual para todos e uns não querem ficar prejudicados pela burrice dos outros. Há sempre injustiças, seja como for que decidam fazer o trabalho, há sempre atrasos e desculpas esfarrapadas para não fazer. Por isso, sempre odiei veementemente estes trabalhos e só fazia quando era mesmo a única hipótese.

(post inspirado pela E.)

16 maio 2011

Da popularidade

Não gosto dos Radiohead. Acho que são a banda mais overrated de sempre (seguidos bem de perto pelos U2, mas num registo diferente). É a banda que toda a gente gosta por achar que é muito indie, mas... hello pessoal, toda a gente conhece e gosta, de indie não tem nada (para os mais desatentos, desculpem desiludir-vos assim sem contarem, mas algum dia tinham de saber a verdade).

12 maio 2011

Da provocação

Não gosto que me provoquem. Eu sou uma pessoa da paz e não faço mal a uma mosca, nunca fiz e planeava nunca fazer. Estou na minha vida, não chateio ninguém e, como tal, espero que ninguém me chateie a mim. Mas quando me provocam, propositada e repetidamente, eu sou capaz de deixar de ser tão pacífica e passar à acção. A minha paciência está a chegar ao limite e eu não sei bem do que sou capaz, porque nunca me vi nesta situação. Mas já estive mais longe de pregar um estalo bem dado a alguém. Eu não queria ir por este caminho, mas sinto que está a tornar-se a última hipótese. Se depois de avisos bem claros as pessoas não entendem, se calhar um estalo bem dado vai abrir-lhes os olhos. E acho que posso desde já dizer que tenho quase a certeza de que se realmente o fizer, me vai saber imensamente bem.

10 maio 2011

Do imprevisto

Não gosto de festas surpresa. Acho que se alguém tem alguma coisa a comemorar, peguemos no exemplo mais simples de um aniversário, e não fez questão de celebrar essa ocasião, quem são as outras pessoas para lhe imporem uma festa surpresa? Se a pessoa não fez festa, é porque não quis. Pode não estar na disposição para festejar apenas mas porque alguém decidiu organizar uma festa surpresa, tem de levar com as pessoas e as palmadinhas nas costas. É uma parvoíce. Pior é quando há pessoas que têm algum tipo de obsessão com festas surpresa. Há um colega meu que todos os anos tem uma festa surpresa. Ora era a mãe a organizar, quando era mais novo, ora a mulher, desde que se casou. No fundo, para ele já não é surpresa nenhuma. Quando se aproximam os anos dele, ele deve pensar 'ora bem, não vou combinar nada com ninguém, porque vou ter a já tradicional festa surpresa'.

09 maio 2011

Do regresso

Não gosto de voltar de férias e vir logo trabalhar. Acho que já disse isto aqui, mas é que não gosto mesmo. Cair assim quase de pára-quedas no escritório, primeiro com as pessoas todas a perguntar como foi, se gostei, bla bla, depois com dezenas de mails para ler e vontade zero, a vontade de não fazer nada o dia todo, porque é sempre preciso um dia de adaptação pelo menos, e ter de ler ainda os mails pessoais e as dezenas da actualizações do google reader. Para a próxima não me posso esquecer de reservar um dia para me adaptar à rotina e só depois vir trabalhar, para minorar os danos. É difícil regressar ao trabalho. Quase que apetece não ter mais férias, só para não passar por isto de novo.

04 maio 2011

Da dificuldade

Não gosto de blogs que usam tipos de letra tão rebuscados que se torna difícil para mim conseguir decifrar o que está lá escrito. Isto é mais vulgar nos títulos, não tanto no corpo do texto. Mas mesmo assim é chato. É tipo aquelas palavras de verificação que agora se tem de pôr nas caixas de comentários e em todo o lado basicamente. Nunca acerto à primeira, as letras estão todas coladas umas às outras, não se percebe nada. Às vezes tenho mesmo de recorrer ao áudio. Aquilo é mesmo para as pessoas desistirem de comentar, não é? Imagino o trabalho que os professores não devem ter para perceber a caligrafia dos alunos nos testes.

03 maio 2011

Da verbalização

Não gosto quando as pessoas não dizem as coisas que querem e esperam que eu adivinhe. Eu não tenho o poder da adivinhação, logo será muito difícil saber o que as pessoas querem, gostam, pretendem sem que mo digam. Se queriam ir a outro restaurante, mas não disseram nada, como é que eu havia de saber? Preciso que façam comigo um bocado como fazem com os homens: é preciso dizer tudo, não chegam indirectas e dicas. E de certeza que não chega não falar, at all.

02 maio 2011

Do consumismo

Não gosto de ir às lojas, ver uma coisa e ficar indecisa entre comprar e não comprar. Depois acabo por não trazer, mas arrependo-me logo. E depois fico super ansiosa até ter essa coisa. A partir do momento que decido que quero ter uma coisa, tem de ser logo. E depois acho que o dia seguinte nunca mais chega, porque tenho de ir comprar a carteira ou perfume ou relógio ou casaco que vi. E ando ali num sofrimento imenso até comprar, o tempo parece eterno. Sou mesmo uma vítima do consumismo, mas não me consigo conter. Ando a fazer um esforço para só comprar mesmo aquilo que preciso, mas é difícil. Já  tenho carteiras e sapatos e relógios e roupa suficientes. O melhor mesmo é nem entrar nas lojas para não ver nada que possa eventualmente querer.
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