24 março 2014

Da pouca-vergonha

Não gosto da merda em que este país se tornou, grandemente devido à crise, onde toda a gente pensa que se pode aproveitar das pessoas que querem trabalhar, porque há muitos desempregados. Correndo o risco de poder ser mal interpretada (há sempre a possibilidade de aparecer algum anónimo a dizer que estou a desprezar os empregados de limpeza ou algo do género), vejam a palhaçada a que chegamos: http://www.net-empregos.com/1916045/porto-estagio-profissional-remunerado-empregado-a-de-limpeza/#.UzChJvl_sgc. Sim, é um anúncio para estágio - remunerado, vá, ainda que pouco - para empregados de limpeza. Foda-se, ao que as empresas chegam para pagarem pouco às pessoas! E se o candidato se esforçar e tiver um bom desempenho, pode ser que até fique lá a trabalhar depois de o estágio acabar. Wow, que generosos! Não tenho a certeza absoluta de qual será a remuneração deste estágio, mas depois de uma rápida procura, parece-me que é equivalente a 1 IAS, que se traduz em cerca de 420€ (http://www.iefp.pt/apoios/empresas/Paginas/Estagios_emprego.aspx). Para um trabalho que normalmente já é bastante mal pago, isto é mesmo gozar com a cara das pessoas. Infelizmente não sabemos as voltas que a vida dá e sei lá se vou precisar de trabalhar na empresa em questão. Se não fosse isso, escrevia-lhes um email a insultá-los do pior. Foda-se, que grande lata.

11 março 2014

Do seguimento

Não gosto de seguir séries em tempo real. O que acontece normalmente é que começo a ver as séries já elas vão na season 3 ou 4 ou 8 e tenho de ver os episódios todos que já deram. Posso vê-los todos de enfiada, ao ritmo que me apetecer. E gosto assim. Mas numa certa altura já vimos tudo o que há para ver. E ou a série acabou mesmo e esquecemo-la para sempre e passamos à próxima ou começamos a ver os episódios que vão saindo semanalmente. E isso é tãããão aborrecido. Ter de esperar uma semana episódio após episódio mata-me. Até porque às vezes na semana seguinte já nem me lembro bem do que aconteceu no episódo anterior. E às vezes temos de esperar semanas, meses inteiros quase, por causa daquelas paragens que nunca sei muito bem porque acontecem. Thanksgiving, Natal, Super Bowl são alguns dos motivos porque as séries param; não sei os outros, mas deve ser só para fazerem render o peixe até Maio, altura dos season finales. E pensa uma pessoa que vai ter um episódio para ver e afinal agora é só daqui a duas semanas. Que turn off. Já agora, digam lá séries boas que andem a ver, de preferência que não tenham sido canceladas, excepto Homeland, Person of Interest, Sherlock, The Blacklist, Revenge - nem sei porque vejo isto ainda, é uma verdadeira novela norte-americana, mas agora comecei e quero ver até ao fim da season -, NCIS, Modern Family e South Park. Ah, e Boston Legal, que já não dá mas vejo quando não tenho nada melhor. E não vale a pena sugerirem True Detective e House of Cards que não vejo nem quero ver.

Da lembrança

Não gosto de pessoas ligadas à construção - trolhas, picheleiros, serralheiros, carpinteiros e esses todos. Essas que dizem que vêm fazer pra semana e depois daqui a três meses ainda não apareceram ou ainda não está pronto porque o fornecedor... whatever, sempre a mesma conversa e as mesmas desculpas. Sim, eu sei que já falei disto, provavelmente mais do que uma vez, mas eu posso escrever o que me apetecer e repetir-me à vontade. Mesmo para não me esquecer e alimentar um pouco este ódio.

Da aderência II

Não gosto de fazer cagada por distração. Mas acontece. Nada de grave, mas são pequenas coisas que me aborrecem, ainda dentro do assunto 'etiquetas coladas para sempre'. Sabem aquelas etiquetas de papel que vêm coladas na roupa com o número? Normalmente são umas tiras grandes coladas na frente das camisolas ou calças. Pois, aqui a espertinha deitou a roupa para lavar com as etiquetas ainda coladas, sem reparar. E depois de lavar, aquilo desfez-se tudo. Mas não saiu. Ia agora sair assim facilmente...! Agora aquilo está tudo desfeito, mas ainda colado à parte da frente das minhas camisolas. E ao tirar, rasga tudo e fica um bocado na camisola, um bocado nos dedos, um bocado na camisola, um bocado nos dedos... Alguém tem alguma solução, que não seja deitar as camisolas fora?

Das trocas II

Não gosto de ter de ir trocar coisas. Especialmente aquelas coisitas de nada, que sinto que estão a dar mais trabalho do que o que valem. Já fico chateada quando chego a casa e vejo que não serve, ou está estragado ou afinal não gosto. Porque significa que vou ter de voltar à loja, às vezes quando não tenho mais nada para ir lá fazer. E, dependendo da loja, pode-se esperar bastante tempo na fila para as trocas/devoluções. Se ainda por cima a coisa que tenho de trocar é algo insignificante, ainda fico mais aborrecida. Ter de ir à loja de novo propositadamente por causa de uma lâmpada que custou 3 euros... Humpf!

Das trocas I

Não gosto de precisar de trocar alguma coisa e descobrir que deitei fora o talão. Normalmente isto só acontece com coisas pequenas e/ou baratas. Com aquelas coisas que pensei que nunca iria trocar, ou não teria deitado o talão fora. Claro que se for uma peça que não tenho a certeza, ou que foi cara ou que tenha garantia, os talões são cuidadosamente guardados. Por exemplo, comprei um fio com interruptor. A cor era a que eu queria e o comprimento estava bem. Não havia nada que pudesse correr mal, por isso deitei o talão fora. Claro que depois quando montei o fio aquilo fazia mau contacto e o interruptor só ligava a luz se fizesse presão num certo sítio. Vou trocar. Ah, pois... Não tenho talão. Boa... Esta tinta é mesmo a cor que queria, não vou precisar do talão. Ah, afinal acabei por não comprar a peça que ia ser pintada e agora já não preciso da tinta, mas não tenho talão. Arrependo-me sempre. Nesta altura já devia ter percebido que só posso deitar fora os talões pelo menos depois de um mês. Bah...

Da aderência

Não gosto de comprar artigos com etiquetas que não saem. Agora a sério, quem foi a grande besta que idealizou etiquetas para louças, plásticos, entre outros que ficam lá coladas para sempre? Quem quer ter pratos com o código de barras permanentemente colado ao fundo? Ou pior, quando tentamos tirar e depois fica só a cola, que vai acumulando lixo? Será pedir muito que usem cola menos potente? Ou etiquetas de plástico que não rasguem a meio. Copos, pratos, jarras, tupperwares, todo um sortido de coisas que tenho na fila para retirar os vestígios de etiquetas. Vou ter de comprar uns 5 litros de álcool.

Da preguiça

Não gosto de meter gasóleo. De duas em duas semanas, lá vou eu rumo à bomba para abastecer. Encho sempre o depósito, claro, para minimizar o número de abastecimentos. Mas ainda assim não gosto. Para já, porque me obriga quase sempre a fazer um pequeno desvio do meu percurso habitual; depois porque, como sou pobre e vou a bombas low cost, normalmente têm sempre alguns carros à espera. E porque tenho de sair e abastecer e ir pagar, em último caso. O que aconteceu às bombas com funcionários que abastecem por nós? Conheço uma, mas como pago quase sempre por multibanco não compensa, porque acabo por ter de sair do carro de qualquer forma. Devia haver um sistema qualquer de abastecimento contínuo. Tipo o gás natural nas casas. E nós só pagávamos a mensalidade. Ou então uma pessoa chegava ao posto e uma mangueira ligava-se automaticamnete ao carro e pagávamos por multibanco numa janela, à semelhança dos McDrives. Isso sim. Provavelmente depois de um post destes irá aparecer um anónimo qualquer a dizer de forma raivosa 'vai de autocarro! assim não tens de abastecer'. Pois, obrigada, mas não era a solução que procurava.
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