26 agosto 2011

Do enfado

Não gosto de estar no escritório em Agosto. Se não há nada para fazer, é um tédio e os dias demoram anos a passar. Se há trabalho, a vontade é nula e fico horas a olhar para o pc sem conseguir fazer nada. De qualquer das formas, é sempre deprimente e dá-nos vontade de cortar os pulsos, nem que seja para animar o resto do pessoal. Assim sendo, vou de férias outra vez. Portem-se bem e até Setembro!

25 agosto 2011

Da privacidade

Não gosto de pessoas que põem a vida toda no Facebook. E quando digo toda, é mesmo toda. Há pessoas que combinam coisas no Facebook, com menção a sítios e horas. Que fazem check-ins virtuais em sítios. Que põem todas as fotos das férias. Que põem fotos do filho recém-nascido. Que revelam tudo tudo tudo. Isto faz-me confusão, uma vez que acho que é exposição em demasia e também por efeitos de segurança. Às vezes penso que se houvesse um stalker atrás destas pessoas, seria fácil demais apanhá-las. Claro que isso (em princípio) não acontece, mas a partir do momento que a informação está na internet, ela passa a ser de toda a gente (especialmente do Mark Zuckerberg, que se recusa a alterar a política de privacidade do site). Há uns tempos li um artigo sobre isso que dizia que os jovens de hoje, daqui a uns anos, se vão arrepender de toda a informação que disponibilizaram na internet (acho que falavam mais em termos profissionais, por exemplo no caso de o patrão ver fotos da pessoa em causa bêbeda com os amigos). Mesmo eu quando estou a seleccionar CVs para entrevistas, costumo verificar se as pessoas têm conta no Facebook, por isso convém sermos cuidadosos com aquilo que partilhamos. Para além desta questão, que pode parecer irreleveante, mas que no fundo tem alguma razão de ser, há também a questão pessoal. Acho engraçado partilharmos algumas coisas, entre fotos e experiências, mas o Facebook não é um álbum de memórias, por isso não vou colar lá toda a minha vida. É bom haver alguma contenção.

24 agosto 2011

Da confiança

Não gosto que pessoas que não conheço me tratem por tu. Acho um abuso de confiança. Se são pessoas com quem lido normalmente, acho horrível tratarmo-nos por você, não faço nada questão disso e sou a primeira a sugerir um tratamento mais informal. Mas se são pessoas que nunca me viram na vida, acho que é necessário algum respeito e distanciação. Tem-me acontecido com frequência nos últimos tempos, em lojas especialmente. Fico aborrecida, mas, para me consolar, costumo pensar que é por parecer muito mais nova do que aquilo que sou e ter aspecto de adolescente. E às vezes acabo mesmo por ficar com um sorriso (disfarçado) nos lábios.

23 agosto 2011

Da moda

Não gosto de ver homens de sandálias. É um completo turn-off. O homem até pode estar muito bem vestido, ter pinta, ser interessante, mas basta olhar para os pés e ver umas sandálias que me dá vontade de fugir. Não sei quem inventou as sandálias masculinas, mas deveria ser castigado por fazer tanta mulher sofrer e por fazer tanto homem passar vergonhas. O único tipo de calçado que deixa o pé à mostra que tolero nos homens são chinelos tipo havaianas, e mesmo assim só com calções e para usar numa ida à praia. De resto, esqueçam. Usem sapatilhas, mocassins, sapatos, o que quiserem, mas mantenham-se bem longe das sandálias.

22 agosto 2011

Do pudor

Não gosto de pessoas que dão de mamar em qualquer lado, sem qualquer tipo de pudor. Eu sei que é uma coisa natural bla bla bla, mas por favor. Está uma pessoa descansada na sua vida no autocarro, no shopping, num restaurante e olha para o lado e dá de caras com um bebé a mamar... Eu sei que os bebés têm de mamar frequentemente, mas se não têm mesmo oportunidade fezê-lo num sítio mais recatado, ao menos tentem cobrir esse espectáculo. Nem toda a gente gosta de estar a comer enquanto vê as maravilhas da maternidade. Às vezes parece-me que as pessoas quando ficam grávidas perdem totalmente a noção de decência. Decoro, minha gente.

19 agosto 2011

Do divertimento


Não gosto de jogar cartas. Se calhar é por não saber. Quer dizer, saber saber, eu sei, mas apenas as regras básicas. Não sei aqueles sinais que as pessoas usam para comunicar secretamente entre si ou aquilo de contar as cartas para ver as que já saíram e as que ainda falta saírem. Não tenho paciência nem jeito. Quando eu andava na faculdade, as pessoas passavam dias inteiros no bar a jogar cartas. Nunca percebi bem o encanto disso. Eu se faltasse às aulas era para dormir ou fazer outra coisa mais interessante que jogar cartas.

17 agosto 2011

Da concentração

Não gosto de formigas. Há uns anos fui assolada por uma praga de formigas em minha casa. Bastava ficar uma migalha no chão, que umas horas depois o chão estava preto, com milhões de formigas. Lembro-me que até era Inverno, o que é estranho, porque segundo a lenda as formigas só acumulam comida no Verão. Deve ser a crise, que até às formigas chega. Custou, mas consegui erradicá-las, com um qualquer produto milagroso. Este ano a praga voltou. Elas entram por todo o lado. Se deito insecticida na parte da frente da casa, no dia seguinte vêm por trás. Preciso mesmo de arranjar algum produto que seja eficaz e as mate todas, sem clemência. Raios...

16 agosto 2011

Da comemoração

Não gosto muito de aniversários, mas é difícil deixar em branco. Faz hoje um ano que comecei este blog. Lembro-me porque o quis fazer, aliás, andava há muito para o fazer, só precisava de um empurrãozinho. Uma discussão que tive, já não me lembro o motivo, foi esse pequeno empurrão. E hoje, um ano e mais de 200 posts depois, ainda aqui estou, com leitores (coisa que eu pensei ser muito difícil ter) muito queridos, que me vão lendo e comentando. Agradeço todas as vossas visitas e espero continuar a escrever coisas que gostem de ler. Não sei se chegarei ao próximo ano, provavelmente não haverá assim tanta coisa que me irrite, mas vamos ver, baby steps. Obrigada a todos!

12 agosto 2011

Da amizade

Não gosto de pessoas que dizem 'amigo/a' por tudo e por nada. De repente, somos amigos do mundo inteiro. 'Olá amiga, tudo bem?', 'Vamos tomar café, amiga?'. Provavelmente as pessoas não sabem bem a distinção entre amigos, colegas e conhecidos. Normalmente, não costumamos ter 20 amigos. Temos 20 conhecidos e 2, 3, 6 amigos, não muito mais que isso. É preciso tempo e dedicação para os amigos, não somos amigos de toda a gente que conhecemos. Eu entendo que isso até seja uma forma de demonstrar que gostamos da pessoa em questão, mas não está completamente correcto chamarmos amigo/a a toda a gente que conhecemos. Aliás, as pessoas que costumam dizer-me isso são precisamente as que não são minhas amigas, normalmente são colegas. Quem é mesmo meu amigo e sabe disso, não precisa de o dizer a toda a hora.

11 agosto 2011

Do caos

Não gosto de trabalhar perto da praia. Em Agosto apenas. Todos os outros meses do ano é óptimo, mas em Agosto é uma tormenta. Os  lugares de estacionamento habituais estão ocupados, saio para almoçar e tenho de estacionar o carro a kms, só gente nas ruas, quando saio ao final do dia é o caos à beira da praia com carros estacionados em segunda fila, filas intermináveis no regresso a casa, milhares de pessoas a atravessarem continuamente nas passadeiras, pessoas que estão nos semáforos e muda para verde e continuam lá paradas, distraídas, cheias de tempo para gastar. Demoro mais tempo a sair daqui agora do que em pleno Inverno com as filas habituais. Tenho mesmo de começar a meter férias durante todo o mês para não passar por isto de novo.

10 agosto 2011

Da repetição

Não gosto que as pessoas tenham descoberto como se faz tag das pessoas nos comentários (no Facebook) e agora façam isso tipo sempre. Não é de vez em quando ou quando dá jeito. É sempre, só sempre. Qualquer comentário inofensivo lá tem um tag de alguém. Isso é giro quando queremos chamar a atenção de alguém que em princípio nao iria ver o post em questão. E por isso se faz o tag, para que essa pessoa possa ver e comentar. Agora quando as pessoas já estão a participar na discussão, fazer mais tags é absurdo, chateia. Parem de fazer tags por favor. Toda a gente sabe fazer tags, não precisam de mostrar que também sabem, ok?

09 agosto 2011

Do papel

Não gosto de burocracias. Para qualquer coisa é preciso entregar mil e uma certidões e declarações, carimbadas, assinadas, autenticadas. As instituições portuguesas têm uma sede incontrolável de certidões, para tudo e para nada é preciso uma ou vinte. De onde é que esta moda veio? Temos de andar em filas eternas, para sabermos que precisamos de uma certidão, para pedirmos a certidão, para pagarmos a certidão, para entregarmos a certidão. Não sei se é assim em todos países, mas se é está muito mal. Não vejo porquê gastar tanto papel se já todas as intituições têm praticamente tudo informatizado. Não seria se calhar muito difícil fazer a comunicação entre instituições, eliminando assim a necessidade de entregar certidões para comprovar que andamos a estudar na faculdade e que ontem comemos sardinhas ao jantar que custaram 5€/kg. Estou com certidões pelos cabelos!

08 agosto 2011

Das férias

Não gosto (particularmente) de praia. Aborrece. Estar o dia todo deitada e virar a cada hora para não ficar mais morena atrás do que à frente. Areia em todo o lado. Pôr protector 50 no corpo todo para não ficar tipo camarão no fim. Não tenho muita paciência. Só vou para a praia se estiver de férias num sítio longe de casa e perto da praia, que dê para ir a pé. Aqui perto de casa nem pensar à praia, para apanhar filas intermináveis na VCI quando venho embora. Não quero saber se estou morena ou não, não sou obcecada com isso. Voltei hoje de férias e ninguém diria que fui. Triste é voltar ao trabalho e não estar branca em pleno Verão.
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