31 janeiro 2013

Da pontualidade

Não gosto de chegar atrasada ao trabalho. Acho que é um abuso. Se nos pagam para estarmos no escritório às 9h, é às 9h que tenho de chegar. E eu sempre entrei a horas. Mas esta última semana tenho vindo mais tarde um pouco, uns 20, 25 minutos. E senhores, como tudo muda! O melhor de tudo é que aquela meia hora extra na cama parecem 3 horas inteiras. Como sabe bem sair da cama com um 8 no relógio, em vez de um 7; 7 ainda é de madrugada, 8 é de manhã. É uma hora bem mais simpática para acordar. Para além desta situação, temos o trânsito. Se às 8h30 está tudo cheio de carros em todo o lado, para quem sai de casa às 9h é uma maravilha. Não há demora nenhuma, chega-se muito mais rápido. E depois chegamos ao escritório. Chegar ao escritório perto das 9h30 é como se metade da manhã já tivesse passado. Um gajo faz qualquer coisa e é praticamente hora de ir almoçar. Uma amiga minha já me tinha dito que entrar às 9h30 era completamente diferente, mas só agora percebo todas as vantagens.

30 janeiro 2013

Da demora

Não gosto de carpinteiros (ontem prometi, por isso cá está o post). E pessoas de obras no geral. Já toda a gente sabe que este tipo de pessoas não quer saber dos clientes. Um gajo liga e pede para irem lá a casa e eles não aparecem. Liga de novo e não aparecem. Aparecem ao sábado de manhã, duas ou três semanas depois, para nos arrancar da cama, sem nós estarmos a contar. Se isto acontece quando ainda não os contratamos, menos mal, podemos sempre arranjar outro (que também não vai aparecer). Mas depois de os contratarmos... Caralhos os fodam a todos! Contratei os serviços de um carpinteiro no ínicio de Novembro. Ou seja, há três meses! Três meses inteiros que ele não foi lá a casa. Três meses inteiros que ligo e ele não atende. Três meses inteiros que me apetece foder-lhe o carro todo. Foda-se, três meses é um abuso. E o pior é que já paguei uma boa parte do valor da obra. Também se não tivesse pago nada, simplesmente esquecia que ele existia e arranjava outro. Agora estou sem dinheiro, sem obra feita e com um tipo que não se despacha para fazer o seu trabalho. Estas pessoas da construção tiram-me do sério. Uma pessoa não quer ser mal-educada nem ser chata, mas com estas pessoas tem mesmo de ser. Temos mesmo de pressionar muito para as coisas acontecerem. Senhor carpinteiro, tem um mês. Mais um mês, ouviu?

29 janeiro 2013

Do ódio

Não gosto do rumo que este blog está a levar. Dizia um anónimo no último post que o blog está a ficar muito monótono e muito bem. É verdade que provavelmente nunca mais haverá um post como o Markl ou mesmo o dos professores, que agitaram muito os ânimos das pessoas. Mas o anónimo também deve pereber que é impossível odiar tudo, sempre com a mesma força. É como aquela questão do saber, ou sabemos tudo sobre pouca coisa (e somos especialistas) ou pouco sobre muita coisa (cultura geral). Com o ódio é igual. Não temos ódio suficiente para destilar permanentemente. Se já odiamos muito algumas coisas, não temos ódio para todas as restantes, essas têm de ser odiadas em menor grau. Mesmo o Hitler, por exemplo, que odiava muito os judeus, não tinha ódio suficiente para odiar todas as pessoas do mundo, por isso gostava dos arianos e até queria ajudá-los, eliminando todas as outras pessoas. Por isso, peço desculpa ao anónimo, ao meu seguidor que deixou de o ser e aos restantes leitores que acham que este blog está a ficar murcho. Eu prometo que vou tentar odiar tudo mais veementemente, para ter assunto de escrita e assim não vos maçar mais com coisas moderadas como não gostar muito de musicais ou de toalhas molhadas. Eu vou tentar destilar ódio o dia todo, odiar todas as pessoas e situações para assim alimentar este blog com coisas mais interessantes. Vou começar este exercício agora mesmo, odiando o carpinteiro que há três meses que não aparece para fazer o serviço que contratei (mais pormenores odiosos amanhã).

28 janeiro 2013

Da fidelidade

Não gosto de perder seguidores. Quando entramos no blogger, logo na home page, temos o resumo dos blogs que temos, visitas, posts e seguidores. Eu não obceco com isso, mas costumo lembrar-me mais ou menos dos números que estão lá. Às vezes reparo que tenho mais seguidores, hoje vi que tenho menos um do que nos últimos dias. Quem és tu que deixaste de gostar de mim? O que é que eu fiz? Porque te foste embora? Estas coisas intrigam-me. Será que foi alguém que apagou a conta do blogger? Será que foi alguém que se fartou das parvoíces que eu digo? Gostava de saber a verdade. Ou não. Não ligo muito a isso. Volta a gostar de mim...

25 janeiro 2013

Da ironia

Não gosto de acidentes. E apesar de eu ser uma daquelas pessoas que tem a tendência para se rir quando as pessoas caem, por exemplo, não me costumo rir de acidentes de carro. Até hoje. Vinha na A3 para entrar na A4 e, quem conhece, sabe que aquilo tem uma curva muito apertada, onde normalmente há acidentes em dias de chuva. Começo a fazer a curva, muita devagarinho como sempre, e a pensar 'devagar, porque de certeza que com este tempo está aí algum carro espetado.' Continuo e lá aparece o triângulo. 'Confirma-se' penso eu. Mais um bocado e estão dois polícias na berma. 'Ok, a polícia já chegou para tomar conta da ocorrência'. Mais um bocado e aparece o carro acidentado: o carro radar da polícia! Eu não costumo rir-me nestas situações, mas eu não consegui parar de rir quando vi o carro! Primeiro, porque não estava assim muito estragado, tinha só galgado a berma e estava lá metido no meio da vegetação em contramão, por isso não era assim muito trágico. Depois porque os polícias não se magoaram. E por último, e mais importante, pela ironia da situação. Um carro radar da polícia, que multa pessoas por excesso de velocidade, que ia em excesso de velocidade e por isso se despistou. Provavelmente não são condutores muito assíduos daquele trajecto, senão saberiam que fazer aquela curva a mais de 30 km/h com piso molhado significa acidente. E a parte que mais me alegrou na situação foi saber que quase de certeza eles iam para a recta final da A4 multar as pessoas, onde o limite é 60 km/h e as pessoas passam a mais de 90 ou 100, porque apesar de o limite ser 60, aquilo é uma recta enorme, onde não se justifica essa velocidade. E eles costumam estar lá, no seu carro à paisana (que eu já conheço) a sacar euros às pessoas e de certeza que era para onde iam hoje. Calhou-lhes mal.

24 janeiro 2013

Da novidade

Não gosto da ARTV. Para quem ainda não reparou (é possível), há um novo canal generalista. O canal 5 agora é a ARTV, o canal do Parlamento. Percebo que para quem tem TV por cabo, isto não seja novo, até porque ele já existia no cabo. Agora para quem, como eu, tem apenas 4 canais, tivemos um aumento de 25% dos canais disponíveis! Em relação ao canal propriamente dito, não posso dizer nada, porque confesso que nunca apanhei uma emissão. Quando ele entrou em funcionamento, dia 27, ainda tentei apanhar, mas devido aos feriados e época festiva, a emissão só retomava quando eu voltava ao trabalho. Quando voltei ao trabalho, deixei de ter tempo para ver televisão. Nem sei se aquilo dá o dia todo, incluindo noites e fins de semana ou se dá só em horas que a Assembleia funciona. Then again, se assim fosse, aquilo daria umas 3 ou 4 horas por dia, e só de tarde, que os deputados de manhã gostam de dormir (ou ir para a Assembleia dormir/jogar/ler o jornal). Provavelmente emite sempre. Gostaria de conhecer as audiências deste canal. Eu aponto para umas 100 pessoas, sendo metade velhinhos que vêem só para achincalhar o governo e a outra metade afiliados dos partidos, PSD na maioria. Será provavelmente o pior canal dos cinco canais generalistas agora existentes, mas em situações extremas teria a minha preferência, por exemplo quando comparada com casas dos segredos e programas semelhantes, que só de ouvir o nome me causam urticária (a TVI estragou para sempre o conceito de Big Brother - não o concurso, o do George Orwell, damn it!).

23 janeiro 2013

Da poupança

Não gosto de pessoas que tentam meter conversa. Estes dias estava no Leroy Merlin com o moço, a ver os disjuntores. Chega um casal de velhinhos e o senhor começa a falar com a mulher, mas alto e assim a olhar para nós, como quem procura a nossa aprovação 'Olha, ainda esta semana comprei iguais a estes a 1,50€. Aqui custam quase o dobro, 2,25€. A 1,50€!'. Mas assim a falar como se quisesse que nós o felicitássemos pela sua fantástica compra e lhe pedíssemos o nome da loja, para nós também fazermos o tão compensador negócio dos disjuntores. Nós não lhe ligamos nenhum e ele lá parou de falar e foram dar um volta. Mais cinco minutos e eis que volta aos disjuntores, se calhar não convencido de que aquilo era de facto um roubo. Aí disse qualquer coisa ainda alto, mas nós afastámo-nos um pouco e o homem lá pegou no disjuntor que queria e foi embora. Esta atitude é típica dos velhinhos. Começam a falar alto e a olhar em volta, a ver se alguém os acompanha no que estão a dizer. Se alguém lhes dá letra, está tudo estragado, não se calam na próxima meia hora. O que eu faço é tentar ignorar, não parecendo mal-educada, simplesmente faço de conta que não estou a perceber o que se está a passar. Se estiver sozinha, pegar no telemóvel é um bom bode expiatório, dá-nos aquele ar concentrado e preocupado e de quem não quer saber. Ah! E senhor velhinho, se me estiver a ler, eu comprei os disjuntores de 9,29€. Aposto que arranjava esses por cerca de 6€ apenas.

22 janeiro 2013

Da qualidade

Não gosto da Inês Pereira. Os cabeleireiros dos shoppings. Não vou rebaixá-los, vou só contar a minha experiência. Liguei para um dos cabeleireiros a marcar hora, para não me atrasar. Chego lá à hora marcada e dizem-me que tenho de esperar uns minutos. Hã? 'Está com pressa?' 'Claro, senão não tinha marcado.' 'Ahm, mas a menina que está a ser atendida veio fazer um tratamento e quem marcou não sabia e vou demorar mais uns minutos. 30 minutos no mínimo.' 'Pois, mas eu não posso esperar. Muito obrigada e até à proxima.' Logo aqui não fiquei muito bem impressionada. Então eu marco hora e depois tenho de esperar meia hora para ser atendida? Não tenho culpa de a pessoa que estava a marcar se ter enganado. Bem, decido então ir a correr ao shopping e ver se ainda conseguia cortar o cabelo. Estava pouca gente, fui logo atendida. A moça que me cortou o cabelo até era simpática, mas parecia que estava com medo de cortar. Eu disse várias vezes que não tivesse medo e que cortasse o que fosse preciso. Mas ela dizia 'Eu não posso cortar tudo' e eu pensava 'Mas não podes porquê? A tesoura não funciona? Tens os dedinhos partidos?'. Resumindo, não cortou nada como eu quis. Cheguei ao esccritório e ainda tive de dar umas tesouradas para ver se ficava mais ao meu gosto. No fim de semana vou ter de ir a um bom cabeleireiro fazer o corte final. Mas isto tudo para dizer que não fiquei com muito boa impressão destes cabeleireiros e que só tenciono lá voltar em caso de grande necessidade/obsessão.

21 janeiro 2013

Da obsessão

Não gosto de me sentir mal com o meu cabelo. Este sentimento é um processo que se vai desenvolvendo no tempo, até chegar ao limite da loucura. Primeiro, olho para o espelho e estou um bocado farta do mesmo cabelo de sempre. Nos dias seguintes, este pensamento vai-se intensificando e eu vou descobrindo defeitos no cabelo que cada vez me parecem maiores e menos suportáveis. Até ao culminar, que normalmente acontece aos domingos, dia que os cabeleireiros estão fechados, em que se torna impossível para mim tocar/ver/pensar no meu cabelo tal como está. Aí começa a obsessão até ao dia em que vou tratar do cabelo. Tratar do cabelo é quase sempre cortá-lo ou fazer coisas mais drásticas, como daquela vez que pus extensões e me arrependi para sempre. Independentemente do que vou fazer, o que importa é ir ao cabeleireiro 'tratar disto'. Fico completamente obcecada com o cabelo quando estas coisas acontecem e não sossego enquanto não faço alguma coisa. Digam-me que não sou a única a ter estes traumas, por favor.

PS: vou hoje à hora de almoço cortá-lo. De tarde este comportamento obsessivo-compulsivo já deve ter terminado e já vou conseguir trabalhar descansada. Isso ou vou estar lavada em lágrimas.

18 janeiro 2013

Da intolerância

Não gosto de musicais. Falo disto mais uma vez, devido à crescente onda de séries e filmes musicais que têm sido lançados e, mais recentemente, devido a Os Miseráveis, filme nomeado para os Oscars e que tem reunido vários fãs, mesmo os que não eram propriamente apreciadores de musicais. Mesmo com tudo isto, eu não consigo gostar de musicais. Não consigo, sou completamente intolerante. Basta ver alguém a  aabrir a boca para cantar, que perco toda a vontade de ver. Ainda recentemente, estava no cinema enquanto davam trailers de filmes que iam estrear brevemente. Começa o de um filme que me parecia engraçado. E até pensei que seria um bom filme light para ir ver em dias cinzentos. Eis que começam todos a cantar, feitos tolinhos e eu imediatamente apago toda aquela experiência da minha cabeça. Não posso com musicais. Mesmo. Nem que seja o melhor filme do ano, com o Hugh Jackman, o Sasha Baron Cohen e todas as outras celebridades, incluindo a Anne Hathaway com a sua boca do tamanho do mundo. Podia fazer-me um favor e engolir todo o cast do filme para ver se param de cantar de uma vez.

17 janeiro 2013

Da tecnologia

Não gosto de smartphones. Eu tenho uma espécie de smartphone. Não é bem um smartphone, mas também não é um telemóvel normal. É um meio termo entre telemóvel rasca e smartphone, da Nokia. Não é grande coisa em termos de software, mas para mim serve bem. Aliás, tem até merdinhas a mais. Não sou nada dessas pessoas que usam aplicações e mais aplicações, e joguinhos e todas as outras funcionalidades dos telemóveis. O propósito original dos telemóveis era fazer chamadas e é para isso, basicamente, que o uso. E enviar mensagens, ver o mail antes de ir dormir e a funcionalidade das notas, para ir escrevendo coisas que não me posso esquecer, tipo comprar iogurtes. Sou uma pessoa simples. Mas acho que vou ter de me render à loucura geral e comprar um smartphone... com Android. O horror! Eu não queria, mas este telefone que tenho não dá para o ver o mail em condições. Aparece tudo desformatado, sem links ou imagens, só com código e não dá muito jeito. Então andei a pesquisar e descobri que com Android nada disso acontece, que aquilo suporta praticamente tudo e aparece tudo direitinho. E assim estou (quase) convencida a comprar um smartphone. Até 100€. É inconcebível para mim pagar muito dinheiro por um telemóvel. Eu não tenho cuidado nenhum com eles, por isso com a minha sorte ainda o deixo cair logo na primeira semana, escangalha-se todo e são 20 contos para o lixo. Senhores da Optimus, me aguardem!

P.S.: não ganho nada com a  publicidade à Optimus, mas para mim é definitivamente e sem qualquer dúvida a melhor operadora que temos. Sou uma cliente satisfeita.

16 janeiro 2013

Da tonalidade

Não gosto de carros brancos. Agora vêem-se muitos na estrada, desde que virou moda há 3 ou 4 anos atrás. Vamos lá ver uma coisa: a cor branca até fica engraçada em bons carros. Em Mercedes, BMW, Audi, Volvo ou outros carros caros e grandes deste género. Os carros ficam com um ar mais desportivo e há quem goste. Ok, certo. Em carros pequenos, tipo Ibiza, Corsa, Clio, Fiesta ou outros da gama dos utilitários ou inferior, dá apenas ar de pobre. Branco é cor de carros de trabalho, para quem não sabe. Acontece porque é (era?) a única cor que não é metalizada, ficando assim mais barato. Se repararem bem, todas os carros comerciais ou carrinhas de empresas são brancos, em 85% dos casos. São carros de trabalho. Para carros de turismo, comprar em branco dá só ar de pobre, porque não tiveram dinheiro para comprar a pintura metalizada ou porque não tiveram dinheiro para comprar um carro de uma gama mais alta. Se se sentem injustiçados com este generalização, posso informar que eu própria tenho um carro branco que odeio, mas como também sou pobre, já vinha nesta cor do dono anterior. Vidas.

15 janeiro 2013

Da dúvida II

Não gosto de ter dúvidas. No seguimento de um post de aqui há uns tempos, surgiram mais dúvidas pertinentes na minha vida que eu gostava de ver esclarecidas. A maior de todas é: onde é que o Fernando Mendes (comummmente conhecido como o gordo do Preço Certo) faz com aquelas coisas todas que os concorrentes lhe dão? Nas férias de Natal, via muitas vezes este concurso. Quase todos os concorrentes, lhe levam sacos e mais sacos de trampa: um galhardete, uma bandeira da Câmara Municipal, uma t-shirt, um boné, um doce lá da terra... Claro que os que ele prefere são os bens comestíveis, mas parece-me que desse tipo têm sido poucos. A minha questão é se ele deita ao lixo as t-shirts e galhardetes todos que lhe dão ou se ele tem um salão em casa, gigante, onde vai pondo todo lixo que acumula e que já sofreu várias vezes obras para aumento (o programa já dura há anos e anos, ele deve ter quantidades industriais de bonés e bandeirinhas). Por favor alguém que o conheça e me ajude, que isto anda mesmo a dar cabo de mim.

14 janeiro 2013

Do aconchego

Não gosto de tapetes de pêlo. Estes tapetes começaram a ficar na moda há uns (poucos) anos e agora toda a gente os tem. Não nego que até possam ser confortáveis, quando andamos descalços. O pêlo comprido torna-os fofos. Mas é a única vantagem. Quase todos os que conheço desfazem-se à velocidade da luz. Vou a casa de amigos e só se vê fios espalhados pelo chão, fios que saem permanentemente do tapete. Suponho que daqui a uns anos fiquem assim como que carecas. Depois é quase como ter um animal no chão. Não acho que sejam muito elegantes. Não tenho assim nenhum tipo de tapete preferido, nem sei bem que tipos de tapetes há (só conheço os de arraiolos e nem gosto muito), não é um assunto sobre o qual me costumo debruçar, mas acho que há tapetes bem mais bonitos. E que são uma opção melhor do que ter um animal morto por baixo da mesa de jantar.

11 janeiro 2013

Da transgressão

Não gosto de linhas contínuas. Não que me façam alguma diferença. É só porque é igual elas estarem lá ou não existirem de todo. Que me lembre assim de repente, não há nenhum sinal ou indicação de trânsito que seja tão ignorado como as linhas contínuas. Suponho que as linhas contínuas todos os dias chorem à noite, baixinho, na cama, tristes por ninguém lhes ligar nenhuma. Pela minha experiência e observação contínua ao longo de vários anos, os homens ignoram as linhas em situações extremas (tipo estar uma fila grande e quererem passar para a faixa livre) e as mulheres parecem nem saber que elas existem. Ou então não percebem o seu significado. Eu própria, confesso, só comecei a prestar atenção às linhas contínuas uns bons dois anos depois de ter carta. Não percebia muito bem porque é que, por exemplo, quando as pessoas entravam na VCI no Freixo, se mantinham na fila da direita que era para saírem mais à frente, que até tinha sempre fila, e não iam para a fila ao lado, que estava livre e era para seguir em frente. Só um tempo mais tarde percebi que havia ali uma linha contínua. Ali e em muitos outros sítios. E desde então tenho prestado sempre atenção.

10 janeiro 2013

Da insistência

Não gosto de sites de compras colectivas (vulgo Groupon, Lets Bonus e outros do género) que, para acedermos ao conteúdos, temos de preencher um formulário com o nosso e-mail. Todas as vezes que entramos no site, aparece esse pop-up. Sim, eu sei que não é mesmo obrigatório pôr o e-mail. Aquilo tem lá em letras muito pequenas, de forma a ser difícil encontrar, o 'já estou registado', que nos permite passar ao site propriamente dito. Mas um cibernauta incauto, que não esteja habituado a este tipo de artimanha, facilmente põe lá o seu e-mail e é bombardeado para sempre com spam. Posto isto, senhores desses sites, é só para avisar que isso não tem jeito nenhum e que os e-mails tipo 'putaquevospariu@gmail.com, idemandarspamprocaralho@gmail.com ou nempensemquevosdouomeumail@gmail.com ou outra variante parecida, sou eu que envio (sim, eu sei que de certeza que ninguém vê os endereços de e-mail, mas isto faz-me de alguma forma sentir melhor).

09 janeiro 2013

Da orientação

Não gosto de pessoas que não sabem nomes de ruas. Quando estou a tentar explicar onde é algum sítio, é muito mais cómodo referir-me às ruas pelo seu nome. 'Sim, segues por Sá da Bandeira, depois viras à esquerda em Fernandes Tomás e vais dar à Trindade.' Tudo muito simples. O pior é quando estou com pessoas que não sabem os nomes de ruas nenhumas. 'Sim, na praça sobes por aquela rua. Aquela que tem o teatro e um Subway mais à frente. Sim, essa. Depois viras à esquerda nos semáforos à beira do Bolhão. Não, os segundos, perto da paragem do metro. Depois andas sempre a aparece-te um parque de estacionamento do lado direito e é aí.' Ora vejam a diferença entre estes dois trechos e o desperdício de tempo, palavras e recursos para explicar a mesma coisa. É muito mais difícil explicarmos onde ficam sítios através de direcções e pontos de referência. Confesso que eu posso ser um bocado obcecada com este assunto. Conheço muito bem a baixa do Porto, por exemplo, sei o nome de quase todas as ruas mais conhecidas e acho estranho quando falo com alguém que não sabe onde é a rua de Camões. É óbvio que nem eu nem quase ninguém conhece o nome de TODAS as ruas por onde se movimenta. Mas acho normal sabermos pelo menos o nome das ruas principais, das mais conhecidas, pelo menos. Pessoas, vamos lá a perder algum tempo no Google Maps, ou a olhar para as placas quando vão na rua, para aumentar o vosso conhecimento (só isso por si já deveria valer a pena) e para facilitar a comunicação com pessoas obcecadas com isso como eu.

08 janeiro 2013

Do hábito

Não gosto de condutores que andam sempre na faixa da esquerda. Isto é um hábito há muito adquirido por grande parte dos condutores. As pessoas querem andar rápido (ou não) e então passam a usar a faixa da esquerda exclusivamente. Mesmo quando a da direita está livre. Este é uma questão que me irrita bastante. Principalmente quando acontece aquela situação típica de ir um carro a engonhar na faixa da esquerda, sem ninguém na direita e que não se arrasta, impedindo-nos assim de o ultrapassar e criar situações perigosas e ilegais como termos de o ultrapassar pela direita. Mas acho que finalmente percebi o problema. O problema vem de trás, do início, das escolas de condução. Outro dia vi um carro de uma escola de condução, na VCI, a circular alegremente na faixa do meio, com a faixa da direita completamente desimpedida. Pergunto-me se as regras mudaram sem eu saber ou se simplesmente estavam a ser bad asses. Claro que com exemplos como este, as pessoas depois colam-se à esquerda e não há nada que as tire de lá. Ao menos que não impeçam o trânsito que vem atrás.

07 janeiro 2013

Da dificuldade

Não gosto de máquinas de tabaco que aceitam notas. Porque são um engodo. Diz-se que aceitam notas só para enganar as pessoas. Na realidade, aquilo tem um orifício para notas, sim senhor, mas depois cospe sempre as notas. Eu até acho que aquele buraco das notas não tem ligação com nada. É só um buraco com uma luzinha vermelha de erro, que puxa as notas e depois volta a atirá-las para fora. Sempre. Podemos ficar lá tardes inteiras a tentar enfiar a nota que ela vai sempre sair. Quando desistimos, temos de ir trocar a nota em moedinhas, que são aceites à primeira e nos dão acesso ao tão desejado maço de tabaco. Como devíamos ter logo à partida, poupando assim horas da nossa vida.

04 janeiro 2013

Da repetição

Não gosto de frases feitas. Clichés. Evito ao máximo dizer essas coisas que andam em posts partilhados ao infinito no Facebook. Coisas como 'Carpe Diem' (a mais ridícula de todas) e 'acredita em ti' e 'sou igual a mim próprio' (nem sequer percebo o sentido desta...) e outras parvoíces do género. Esta época do ano é especialmente rica nestes dizeres. Assim sendo, queria deixar aqui o top 3 de piores frases feitas de ano novo. Número 3: ano novo, vida nova (será mesmo...?). Número 2: ja não te via desde o ano passado ahahaha (suposta piada, quem diz praticamente se rebola a rir no final da frase). Número 1: que o melhor de 2012 seja o pior de 2013 (esta nem vou comentar, de tão má).

03 janeiro 2013

Do conforto

Não gosto de toalhas molhadas. Não há nada pior do que, depois de um banho bem quentinho, ir limpar-me e ver que a toalha ainda está húmida do dia anterior. É coisa para me estragar a manhã. Quase sempre tenho o cuidado de ver se a toalha secou e se não secou ir buscar uma seca. Mas há dias em que me passa e só reparo que a toalha está húmida depois de já ter tomado banho. É mesmo uma desilusão, principalmente no Inverno. Nada como nos limparmos a uma tolha fofa e seca. E se for quentinha, ainda melhor!

02 janeiro 2013

Da preguiça

Não gosto de preguiça. Mas hoje estou assim, preguiçosa, sem ideias e com muita vontade de dormir para sempre. Por isso, hoje o post é só isto. Vamos ver se até amanhã a inspiração e a vontade de me mexer aparecem, para o blog voltar ao normal.
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