31 janeiro 2011

Do descuido

Não gosto quando vou às compras e compro um artigo (gel de banho, bolachas, pasta de dentes...) e quando em casa tiro as compras dos sacos, reparo que a embalagem está estragada. Fico doente. Logo eu, que tenho tanto cuidado a escolher as coisas, que vou ao fundo da prateleira buscar produtos que em princípio ninguém tocou, quando me escapa alguma coisa e trago um produto estragado ou partido, fico piursa. Lembro-me de uma ocasião que comprei um shampoo, trazido do fundo da prateleira claro, que mal eu abri a tampa em casa, ela ficou-me na mão. Fiquei super chateada. Apetecia-me bater-me, por não ter tido atenção e ter comprado coisas em mau estado.

28 janeiro 2011

Da caridade II

Não gosto de ver velhinhos a pedir. Parte-me o coração. Aqueles velhinhos, que têm ar de quem poderia ser (ou será?) o avô de alguém, levar o netinho pela mão até à escola, não deviam estar a pedir. Eu nunca sei a história deles, mas imagino sempre que são sem-abrigos, que, pelas circunstâncias da vida, perderam tudo o que tinham, incluindo a família, e que agora estão sozinhos no mundo, sem nada. Por isso, quando algum velhinho me pede uma esmola costumo dar sempre qualquer coisa, pouco ou o que puder. Lá está, o conforto mental de pensar que ajudamos alguém. Não obstante, fico sempre com lágrimas nos olhos. Devia ser proibido haver velhinhos a pedir esmolas. Normalmente, as pessoas que vendem a CAIS são deste tipo. Compro uma CAIS sempre que vejo à venda, mas infelizmente nos sítios por onde ando é muito raro ver isso. Eu não quero armar-me em embaixadora da boa-vontade, qual Catarina Furtado, mas peço-vos que comprem uma quando tiverem oportunidade. Para além de ficarem com uma revista, têm a oportunidade de ajudar alguém necessitado. E isso é compensação mais que suficiente para os 2€ que gastaram.

27 janeiro 2011

Da caridade I

Não gosto de receber aqueles mails onde se pede ajuda para um cão ou um gato, que normalmente foram maltratados ou atropelados, e estão frequentemente num estado lastimável. Estas coisas deixam-me muito triste. Nunca hei-de perceber como há pessoas capazes de fazer coisas tão terríveis aos animais. Ainda há pouco tempo, recebi um mail sobre um gatinho que tinha um ferro espetado a meio do corpo e já se tinha magoado nas patas a tentar tirar o ferro. As bestas que fazem isto deviam ser castigadas severamente. Eu própria, se soubesse quem elas são, tratava do assunto. Não percebo este tipo de injustiças. Até percebo que haja quem não goste de animais, mas não têm de lhes fazer mal por isso, podem simplesmente ignorá-los e continuar a sua vida. Quando recebo estes mails, fico muito triste e incomodada. Se puder, ajudo com algum dinheiro, por pouco que seja, e acabo por me sentir um pouco melhor. Conforta-me a ideia de que contribuí de alguma forma para a recuperação de um animal maltratado. Mas não me tira o nó da garganta durante o resto do dia.

26 janeiro 2011

Da inutilidade

Não gosto daqueles posts no Facebook da entrevista sobre amigos ou la o que é. Aquilo são basicamente perguntas estúpidas, tipo 'achas que X é capaz de beber 1,5 litros de água?' seguido de uma resposta, sim não ou talvez. Para além de isto não ter piada nenhuma, zero, niente, nadinha, as perguntas são super estúpidas, não raras vezes têm erros ortográficos, e a aplicação não precisa de permissão para aparecer no nosso perfil. Ou seja, mesmo que não queiramos nada daquilo, aquilo fica lá. E depois, se não temos cuidado, são páginas e páginas de perguntas idiotas. Pessoas, parem de pôr isso no meu perfil, por favor, vocês sabem que eu vou apagar mal veja isso lá. Só me fazem ter mais trabalho. E maldita a pessoa que inventou estas aplicações idiotas.

25 janeiro 2011

Do exagero

Não gosto de smiles. Uso simplesmente aqueles mais básicos, tipo :) e ;). Odeio aquelas pessoas que põem 5 smiles em cada frase que escrevem. E aqueles caracteres tipo ^^ que eu nem sei o que quer dizer. Pior ainda, aquelas pessoas que têm todos aqueles bonecos e letras interactivas e tudo e tudo no messenger que aparecem cada vez que escrevem certa palavra. Acho que se chama emoticons. Nem sei como se pronuncia isto também... Aquilo é super irritante e eu acabo por não perceber metade do que dizem. Eu achava que isso era mais coisa de miúdos/as, mas já vi pessoas com idade para terem juízo a usar essas coisas. Eu compreendo que às vezes é giro usar um smile, para indicar que estamos a brincar ou isso, eu própria uso, mas não vamos exagerar. Se cada frase que escrevem mais parece um desenho animado/aglomerado de caracteres que propriamente uma frase, acho que está na hora de começarem a escrever como pessoas normais.

24 janeiro 2011

Da fé

Não gosto de política. Nunca gostei e provavelmente nunca vou gostar. Acho que os políticos são todos iguais, apesar de partidos diferentes. Acho que um desastre como aconteceu na Polónia, seria uma boa hipótese para Portugal, morrerem todos e substituir por novos. Se bem que os que iriam para lá depois, provavelmente iam ser iguais ou piores. A minha fé na política há muito que acabou. Não obstante, vou sempre votar. Num candidato, em branco ou nulo, mas voto sempre. Mas sinto sempre que acabo por não ir lá fazer nada, porque seja o meu voto qual for, não vai mudar nada.

21 janeiro 2011

Da ignorância

Não gosto quando chego a casa no final do dia, olho para o espelho e vejo que tenho comida nos dentes. Fico furiosa. Isso quer dizer que andei assim desde o almoço, pelo menos, ou seja, a tarde toda a fazer figuras tristes, e ainda por cima ninguém me avisou. Grandes amigos... Não custa nada avisarem, não é? Eu faço o mesmo.

20 janeiro 2011

Da publicidade II

Não gosto do Citibank. Acho que ninguém gosta, aliás. Acho mesmo que posso dizer que é o banco mais odiado pelo público em geral (sem contar com BCP e outros bancos do género que ficam com o dinheiro das pessoas, porque alguém de dentro roubou o dinheiro dos clientes para ir passar férias permanentes ao Brasil). Não conheço ninguém que tenha conta lá, mas eventualmente deve haver, senão já tinham ido à falência. Aquela estratégia de abordar as pessoas no shopping é uma das piores de todos os tempos. Obrigam as pessoas a fazerem um desvio no seu percurso para nem sequer se cruzarem com os enviados do demo que trabalham lá. Ou então fingir que se fala ao telemóvel. Ou então passar a correr. Ou então esperar pela altura certa, quando estão a abordar a pessoa que vai à nossa frente, e acelerar o passo para não virem atrás de nós a seguir. Ou então passar por eles e ignorar, caso venham mesmo abordar-nos. Odeio-os.

19 janeiro 2011

Da publicidade I

Não gosto que me liguem a impingir-me coisas, tipo Barclays ou Zon ou Círculo de Leitores ou qualquer outra empresa dessas que aborrecem muito as pessoas. Eu percebo que é o trabalho deles e, apesar de tentar vender/impingir coisas às pessoas não ser o melhor trabalho do mundo, eu respeito. Não sei o que me reserva a vida, também eu posso ir lá parar. E por isso mesmo, tento não ser mal educada, tento dizer que não estou interessada de uma forma simpática. Mas quando insistem, mesmo depois de eu dizer que não quero 3 vezes, aí começo a perder um pouco a paciência. Meus senhores, até podem arranjar o meu número não sei bem como, até podem ligar-me a pedir para eu comprar coisas que não preciso, até podem ter uma super promoção em que ganho um BMW na compra de 3 livros, mas se eu digo não é porque é mesmo não. E não vale a pena usarem aquele tom ameaçador, tipo 'mas ainda não ouviu tudo o que eu tinha para dizer', então aí não vai mesmo funcionar. Uma vez fui forçada a desligar o telefone na cara de uma moça do Barclays, coitada, até eu fiquei surpreendida comigo e admito que senti alguns remorsos mal o fiz, mas não sei o que se passou, veio-me o diabo ao corpo. Já tinham ligado no dia anterior e eu tinha frisado bem que não queria nenhum cartão de crédito, não era cliente deles e não estava interessada e muito obrigada pela atenção, mas insistiram em ligar de novo. Quando ouvi a palavra 'Barclays', o meu cérebro entrou em curto-circuito e desliguei a chamada instantaneamente.

(inspirado neste post da kiss me) 

18 janeiro 2011

Da maturidade

Não gosto de café. Só o cheiro, enjoa-me, especialmente de manhã. Nunca gostei. Lembro-me que quando tinha 15 ou 16 anos, comecei a tomar. Queria gostar à força. Para dar um bocado aquele ar de adulta, talvez. É um dos grandes sinais que já somos senhores de nós, é tomar café. Tomei café durante 3 ou 4 anos, até admitir para mim própria que não gostava mesmo e que não valia a pena forçar. Eu posso ser adulta ser tomar café. E desde esse dia, sou muito mais feliz. Mas ainda hoje sinto uma certa admiração por aquelas pessoas que bebem 5 ou 6 cafés por dia.

17 janeiro 2011

Do narcisismo

Não gosto de pessoas que, no Facebook, fazem 'like' nos seus próprios posts e comentários. Pode até ser por uma questão de comodidade, no que diz respeito a notificações, mas parece-me sempre muito narcisista. É óbvio que vocês gostam do que escreveram, caso contrário não o tinham feito. Certo?

14 janeiro 2011

Da (pseudo) iliteracia

Não gosto quando dou um typo, troco as letras ou outra coisa qualquer, e vem logo algum espertinho dizer 'afinal também dás erros'. Meus queridos, um typo é muito diferente de um erro ortográfico. Eu tenho uma certa tendência para typos pois sou muito descoordenada, em tudo e especialmente em teclados. Ponho letras a mais, troco letras, como letras, tudo isso. Claro que estamos a falar em ambientes mais descontraído, como falar com alguém no messenger ou no gmail, por exemplo. Agora quando é noutro contexto, por exemplo enviar mails ou escrever no blog, é óbvio que tenho mais cuidado. Agora por favor não me venham comparar 'goataste' com 'gostas-te'. São níveis completamente diferentes.

13 janeiro 2011

Da iliteracia

Não gosto de erros ortográficos. É uma coisa que me irrita extremamente e que, infelizmente, cada vez é mais vulgar. Em todo o lado aparece um 'gostas-te' ou 'depois combina-mos' ou 'estives-te' ou 'á algum tempo'. Não sei se é um problema educacional, se cada vez se ensina pior nas escolas, se é um problema de osmose, causado grandemente pela internet, ou se as pessoas são simplesmente burras. Sei que a maior parte dos erros mais comuns hoje em dia são coisas básicas, que se aprendem quando se aprender a ler e escrever, na escola primária, e não há qualquer desculpa para eles. Eu estudei na Faculdade de Letras e ficava especialmente chocada com colegas meus, que estudavam no ensino universitário, num curso de Línguas, e que não sabiam escrever. Acho um absurdo e deviam ser penalizados por isso. Uma história que se contava, que ainda hoje não sei se era mito ou realidade, era que o nosso professor de Linguística Portuguesa reprovou com zero uma rapariga que tinha escrito num exame, no campo da sua variante, 'Françês'. Caso tenha sido mesmo verdade, apoio incondicionalmente a sua decisão.

12 janeiro 2011

Dos papéis invertidos II

Não gosto daquelas pessoas que com 15, 20 ou 25 anos, se vestem como velhinhas. Irão ter muito tempo para fazê-lo no futuro. Mais vale aproveitar enquanto são novos e vestirem roupas de gente da vossa idade. Não vão andar aos 50 anos de shorts e minis. Lembro-me assim de repente daquelas totós na escola e na faculdade, que tiravam boas notas e adoravam dar graxa aos professores, que usavam camisas de seda e calças clássicas e umas belas botas de camurça, ficando iguaizinhas às suas mães.

11 janeiro 2011

Dos papéis invertidos I

Não gosto daquelas velhas que se vestem e agem como se fossem novas. Eu acho muito bem que as pessoas até nem sintam a idade que têm e sejam juvenis, vá. Agora pessoas com idade para terem juízo, de mini-saia e botas até ao joelho (por exemplo) e que têm a mania que são mais tolas que os filhos, parece-me ridículo, desadequado. Nunca me vou esquecer de um dia que estávamos todos na casa de um colega meu, à noite, a ver um filme, e aparece a mãe dele, tipo às 2h da manhã, vestida com um macacão camuflado, a gozar connosco por não irmos a lado nenhum, e logo voltou a sair para um baile qualquer, sabe-se lá onde. E nesse dia, dei graças a Deus por a minha mãe ser 'normal'. Estas coisas traumatizam-me.

10 janeiro 2011

Da fama

Não gosto daqueles bloggers mais conhecidos, tipo Pipoca e Kitty Fane, por exemplo, que se acham demasiado bons para escrever na sua própria caixa de comentários. Percebam que não tenho nada contra eles, sigo alguns até, mas esta atitude parece-me um bocado snob da parte deles, parece que acham que por serem mais famosos já estão acima do comum mortal. Super fãs deles, agora não venham para aqui insultar-me e dizer que sou invejosa bla bla e queria era ser como eles, ok?

07 janeiro 2011

Da snobice

Não gosto de pessoas que compram animais. Sejam de raças boas ou menos boas, caras ou baratas, isso para mim não faz qualquer sentido. Os animais não são camisolas, que vamos a uma loja e escolhemos a que gostamos mais e fica melhor com as calças. Os animais são seres vivos. Não raciocinam, supostamente, mas às vezes acho que são mais espertos que bastantes pessoas. Não têm sentimentos, como pena, melancolia, preocupação, mas eu acho que sentem tristeza e alegria, e para mim, são mais humanos que muitas pessoas. Por isso, não diferencio animais de raça e rafeiros, para mim são todos animais, que só precisam que alguém goste deles e lhes dê carinho. E não consigo compreender como havendo tantos, mas tantos animais abandonados, a precisarem de donos que os acolham, há pessoas que dão dinheiro, balúrdios em muitos casos, para terem um animal de uma raça qualquer, só para mostrarem que o deles é mais bonito que o do vizinho. Atenção que não tenho nada contra animais de raça. Se forem dados, são como os outros todos. A questão do dinheiro é que me incomoda.

06 janeiro 2011

Da esperteza

Não gosto daquelas revistas ou jornais que têm passatempos (palavras cruzadas, sudoku...) e que só revelam as soluções na edição seguinte. É uma técnica óbvia para nos obrigar a comprar a próxima. Claro que eu nunca fiz isso nem farei, comprar a revista propositadamente para ter as soluções. Aliás, até há casos em que de facto compro o número seguinte, mas não por essa razão, e acabo por nem me lembrar disso. Mas é bem chato faltar-nos apenas duas letras para terminar as palavras cruzadas e não termos maneira de saber logo quais são.

05 janeiro 2011

Da não aceitação

Não gosto de renegociações de ordenados e condições na empresa, normalmente realizadas por esta altura. Anda toda a gente com má cara e mal disposta mesmo antes da conversa propriamente dita, com a pressão e ansiedade, e depois de tudo falado fica sempre aquele ambiente de cortar à faca durante dias e dias, até cair no esquecimento. A administração tem sempre o mesmo discurso, crise, contenção, mimimimi, próprio de quem não quer alargar muito os cordões à bolsa, que acho que é o pior no meio de tudo. Mais valia não virem com justificações da tanga e dizerem abertamente 'pessoas, nós ganhamos algum dinheiro este ano, mas como somos administradores, a empresa é nossa e nós é que mandamos, não vamos dar nada a ninguém, vamos ficar com tudo para nós'.

04 janeiro 2011

Da inverosimilhança

Não gosto de novelas, especialmente de novelas portuguesas. Primeiro, é uma coisa para a qual é preciso dispor de muito tempo, tempo esse que ou não tenho ou não quero desperdiçar a ver televisão. Segundo, e neste caso, especificamente dirigido às novelas portuguesas, o pouco que ouvi, quando a minha mãe está a ver e infelizmente não tenho oportunidade de mudar de canal, parece-me tudo tão forçado, tão teatral, tão irreal, tão ficção, tão novela no fundo, que eu nunca conseguiria ver aquilo mais que 15 minutos, sem achar que o meu cérebro tinha parado de vez. Nota-se que o actores estão ali a esforçar-se para parecem super naturais, mas, ou culpa deles ou do guião em si, aquilo mais parece saído de um grupo de miúdos do preparatório, sem a mínima vocação para a representação.

03 janeiro 2011

Da normalidade

Não gosto do período de festas que acabou de terminar. Cada vez menos. Cada vez tudo corre pior também. Gosto quando tudo volta à normalidade, finalmente. Decidi que vou deixar de celebrar o Natal e a passagem de ano. Pensei que seria uma boa ideia ir para fora nesta altura, mas infelizmente são festas que se celebram em todo o lado, todo os países. Então, vou dedicar este ano a pensar em algum tipo de reclusão para o próximo período de festas, para não ter de aturar novamente os histerismos colectivos próprios desta altura.
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