28 janeiro 2011

Da caridade II

Não gosto de ver velhinhos a pedir. Parte-me o coração. Aqueles velhinhos, que têm ar de quem poderia ser (ou será?) o avô de alguém, levar o netinho pela mão até à escola, não deviam estar a pedir. Eu nunca sei a história deles, mas imagino sempre que são sem-abrigos, que, pelas circunstâncias da vida, perderam tudo o que tinham, incluindo a família, e que agora estão sozinhos no mundo, sem nada. Por isso, quando algum velhinho me pede uma esmola costumo dar sempre qualquer coisa, pouco ou o que puder. Lá está, o conforto mental de pensar que ajudamos alguém. Não obstante, fico sempre com lágrimas nos olhos. Devia ser proibido haver velhinhos a pedir esmolas. Normalmente, as pessoas que vendem a CAIS são deste tipo. Compro uma CAIS sempre que vejo à venda, mas infelizmente nos sítios por onde ando é muito raro ver isso. Eu não quero armar-me em embaixadora da boa-vontade, qual Catarina Furtado, mas peço-vos que comprem uma quando tiverem oportunidade. Para além de ficarem com uma revista, têm a oportunidade de ajudar alguém necessitado. E isso é compensação mais que suficiente para os 2€ que gastaram.

2 comentários:

Miriam Ferreira disse...

Pior é que muitos têm familia que não quer saber deles!

skhino disse...

Alguns dos velhos na pobreza foram jovens inconsequentes, que na primavera da vida escolheram não contribuir na medida das suas possibilidades para o bem estar geral.Outros, por feitio, afastam de si os parentes e amigos ao longo da vida. Tambem estes, quando não morrem novos, chegam a velhos sós e desamparados. Devo compadecer-me de quem apenas colhe o que semeou? Pessoalmente, tento evitar que o coração me tolde a razão.

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