02 outubro 2012

Da obrigatoriedade

Não gosto de ginásios. Já falei disso por aqui, de alguns aspectos que me irritam nos ginásios, nomeadamete o exercício e os tarados por exercício, mas desta vez vou-me concentrar num aspecto mais administrativo. O contrato que temos de fazer para frequentar um ginásio (que fique aqui bem explícito que eu sei disto não por experiência própria, mas por amigos, pessoas que trabalham lá, etc.). Então é assim: sim, senhor, uma pessoa decide-se a ser saudável e quer entrar para um ginásio para fazer exercício. Mas não é assim tão fácil, porque primeiro tem de assinar um contrato a dizer que vai andar lá no próximo ano. Pagar a taxa de inscrição e a mensalidade respectiva (isto da taxa de inscrição sempre me fez espécie, mas vamos ignorar por agora). Assinamos um contrato, tudo bem, e lá começamos a exercitar-nos. Até que, passados três meses, nos passa a vontade e deixamos de ir lá, como era de prever. E queremos deixar de pagar. Mas não nos deixam. Temos de pagar até ao fim do contrato mesmo que nunca mais lá vamos. Há apenas três motivos que nos permitem cancelar o contrato: razões de saúde, desemprego ou mudança de local de trabalho (pode haver mais algum, mas desconheço). Ou seja, não basta estarmos fartos de ir lá para cancelar o contrato, temos de ter uma razão válida. No meu caso, seria fácil arranjar uma declaração a dizer que mudei de local de trabalho, mas não funciona assim com toda a gente, e depois têm de estar presos àquilo, a pagar para cima de 30€ ou 40€ por mês, mesmo sem irem. Acho isto bastante mau. Por um lado, entendo que os ginásios, por razões financeiras, têm de saber com quem contam. E até é uma forma de as pessoas não desistirem facilmente. Mas o ginásio deve um sítio onde vamos porque gostamos, não uma obrigação. Já temos contratos com o nosso empregador, com a EDP, com o forncedor de internet e/ou televisão por cabo, que custa-me aceitar este sistema nos ginásios. Mas como disse, eu não ando em ginásios, por isso não me afecta pessoalmente.

4 comentários:

Helena disse...

Concordo contigo. Para contratos, já bastam todos os outros que referiste. Contratos no ginásio para mim também não dá :)

Anónimo disse...

Já os existem sem contratos, e é ver a malta a aderir em força!

Gostos não se discutem disse...

"Por um lado, entendo que os ginásios, por razões financeiras, têm de saber com quem contam". Se fossemos por essa lógica a padaria, o talho e mais não sei quê faziam contrato não? Neste caso em particular, discordo totalmente do contrato de fidelização. Mas que raio de investimento têm de fazer por eu me tornar cliente? Vão comprar máquinas novas? Melhorar instalações? Contratar um PT só para mim? Não me parece...


Rachelet disse...

Er... não sei a que ginásios vais, mas no meu não só não assinei nada como me inscrevi pelo telefone. Mandaram-me o código que me permite entrar e sair do ginásio para o e-mail e simplesmente pago por débito directo e, no dia que quiser desistir, é só cancelar o débito e pronto.

As pessoas pensam que só há solincas e holmes places, mas há muito mais ginásios por aí, incluindo low cost, como o meu.

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