01 agosto 2012

Do fingimento

Não gosto de pessoas falsas. Falsas, cínicas, hipócritas, fingidas, é tudo a mesma coisa. Pessoas que não gostam de outras pessoas mas conseguem fingir de tal forma, que ninguém diria que por trás são umas cabras. Eu entendo que, mesmo não gostando de alguém, não temos de ser antipáticos para essa pessoa, ou responder-lhe sempre torto. Às vezes, somos mesmo obrigados a lidar com alguém que não gostamos, quer seja em situações pessoais ou profissionais, e não podemos azedar demasiado as relações. Aliás, há mesmo profissões que vivem disso, por exemplo relações públicas ou delegados de informação médica (que vivem de engraxar médicos). Mas daí a sermos (parecermos) super amiguinhos não. Manter o mínimo de educação e cordialidade basta. Não sei como há pessoas que têm estômago suficiente para fingir que gostam de alguém e rir-se com essa pessoa e tomar café com essa pessoa até, quando na verdade não gostam dela. É uma capacidade que eu de facto não tenho, o que por vezes acaba por me prejudicar. Com tanto cinismo por aí, mais valia entrar na onda do fingimento também e, mesmo com as minhas péssimas capacidades de representação, às tantas ninguém ia reparar.

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