13 agosto 2012

Da leitura

Não gosto de não ler. Ler é um hábito e, como todos os hábitos, é uma coisa que se enraíza em nós. Ou se desenraíza. Ao longo da minha vida, sempre li muito. Porque gostava muito e porque tinha tempo. Desde que comecei a trabalhar, os meus hábitos de leitura foram diminuindo, porque o tempo escasseia e há outras coisas para fazer nos tempos livres. No entanto, nunca cheguei a mínimos históricos como hoje em dia. Já
não leio um livro inteiro desde as últimas férias, no ano passado, acho eu. Eu vou explicar o processo, de novo: eu começo a tentar ler livros que não gosto tanto (biografias, romances de autores contemporâneos, crónicas). Como não gosto, acabo por deixar ficar esquecido. Mas como não gosto de deixar livros a meio, não começo um novo. Passado uns tempo, decido começar outra experiência. Começo outro livro e o processo repete-se. Então começo a acumular livros com marcadores a meio. Todos na estante, no sítio dos pendentes. Mas depois de quase um ano, é tempo de assumir: só gosto de clássicos. Não vale a pena tentar ler livros de autores contemporâneos, romances históricos, contos ou outros, eu só gosto de romances dos autores clássicos (aparte Saramago que é um dos meus autores preferidos e é bem mais recente). (Quase) tudo o resto me aborrece. Uma amiga minha já me dizia nos tempos de faculdades que não faltava muito para eu só saber falar Old English, pois eu não lia nada contemporâneo (foi então que me dediquei à saga Harry Potter, para actualizar o inglês - saga ainda não terminada, com o último livro ainda nos pendentes). Mas hoje em dia, com tão pouco tempo livre e tantos livros que quero ler, não quero saber mais disso. Vou só ler o que gosto e voltar ao meu querido Eça de Queiroz.

1 comentário:

Vic disse...

Ler é um dos melhores exercícios para o cérebro

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