16 setembro 2011

Da esperteza

Não gosto de pessoas que passam à frente das outras. Tem-me acontecido muito nos últimos tempos: estou num fila, à espera da minha vez, quando algum espertinho chega e passa descaradamente à frente. Essas pessoas acham mesmo que as outras não estão a ver? Acham que a fila não é uma fila de espera e que as pessoas simplesmente decidiram pôr-se umas atrás das outras por diversão? Claro que eu armo logo barulho: 'Desculpe, nós estamos primeiro, a fila é lá atrás'. Depois é giro ver as reacções. Normalmente quem costuma ficar com cara de espanto até são as restantes pessoas, as que não disseram nada. Se calhar porque quem passou à frente sabia disso e tem noção de que errou. É impressionante a passividade das pessoas, mesmo quando têm razão. Não entendo porque são tão bananas. Por favor, acham mesmo que eu ia ver aquilo acontecer e não fazer nada? I don't think so. O meu lema podia ser 'Maat - lutando por um mundo sem penetras'.

6 comentários:

Ana disse...

No sábado passado, houve uma no supermercado, que pediu para passar à frente de todos porque tinha deixado um bolo no forno. Ficou tudo parvo a olhar para ela, e houve logo um rapazinho que lhe respondeu que não podia ser porque ele tinha deixado a água do banho a correr.
Foi gargalhada geral, claro. Mas há pessoal com muita lata mesmo.

Aflito disse...

Apetecia-me escrever qqr merda parva, como de costume, mas este post fez-me lembrar uma situação que vivi há algum tempo numa loja da Galp que se enquadra no tema.

Estava eu na fila e vejo entrar um gajo de cadeira de rodas que se dirigiu à parte de pastelaria e pediu um bolo e um café.
Passado pouco tempo entra na loja um senhor que tinha saído naquela altura.
Vinha com ar apressado e muito zangado. Entrou na loja e disse: "Quem foi o anormal que deixou o carro por trás do meu? Como é que quer que eu saia?"
Olhei para a rua e vi que o senhor tinha estacionado o seu estonteante mercedes a acupar os dois!! lugares reservados para deficientes.
O gajo da cadeira de rodas virou-se e disse:
"O anormal sou eu. Mas como o senhor ocupou com um carro os dois lugares que eu podia estacionar, tive que deixar o carro atrás do seu! E agora vou tomar o meu café e o meu bolo e, quando acabar, vou lá tirar o carro. Se estiver com muita pressa chame a polícia."

Bom, eu estive na loja uns 10m e o gajo da cadeira ainda lá ficou qd eu saí e o velho nem voltou a abrir a boca.

Não sou muito dado a este tipo de lamechices, mas o gajo da cadeira de rodas foi, naquele momento, o meu herói!

Rachelet disse...

Infelizmente, é vício nacional.
E quando são confrontados e usam a desculpa «ah, mas era coisinha rápida»?
Normalmente, aí passo-me dos carretos. Já houve lojas onde deixei de ir por haver empregados que testemunham estas coisas e não são capazes de dizer para as pessoas respeitarem as filas.

Maat disse...

ora aí está um ponto que me esqueci de focar. os empregados que compactuam com essa situação. é vergonhoso. se eles se apercebem destas sitauções, é óbvio que deviam chamar a atenção das pessoas e não deixar isso acontecer. mas eu aposto que eles pensam algo do género 'não é nada comigo, não me vou meter, eles que se entendam'. idiotas.

Isabel disse...

Sempre que isto me acontece, as autoras são velhas com má cara. Chegam como quem não quer a coisa e colam-se à frente. Nunca vi "pessoas normais" a fazer isto.

Andorinha disse...

Devias viver na Holanda. Seria um País mto melhor com pessoas como tu. A sério.

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