11 janeiro 2013

Da transgressão

Não gosto de linhas contínuas. Não que me façam alguma diferença. É só porque é igual elas estarem lá ou não existirem de todo. Que me lembre assim de repente, não há nenhum sinal ou indicação de trânsito que seja tão ignorado como as linhas contínuas. Suponho que as linhas contínuas todos os dias chorem à noite, baixinho, na cama, tristes por ninguém lhes ligar nenhuma. Pela minha experiência e observação contínua ao longo de vários anos, os homens ignoram as linhas em situações extremas (tipo estar uma fila grande e quererem passar para a faixa livre) e as mulheres parecem nem saber que elas existem. Ou então não percebem o seu significado. Eu própria, confesso, só comecei a prestar atenção às linhas contínuas uns bons dois anos depois de ter carta. Não percebia muito bem porque é que, por exemplo, quando as pessoas entravam na VCI no Freixo, se mantinham na fila da direita que era para saírem mais à frente, que até tinha sempre fila, e não iam para a fila ao lado, que estava livre e era para seguir em frente. Só um tempo mais tarde percebi que havia ali uma linha contínua. Ali e em muitos outros sítios. E desde então tenho prestado sempre atenção.

3 comentários:

Cynthia disse...

Passa pelo meu blog, estou a tentar q o maior número de pessoas veja o apelo que anda a ser divulgado na blogosfera para uma família com sérias dificuldades.

RCA disse...

Muito bom... mas afinal para que é que servem essas linhas?

Lia disse...

Mais do que o desprezo às linhas contínuas, só mesmo ao sinal de STOP!

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