06 dezembro 2012

Do jeito

Não gosto de pessoas lentas. Aviso à navegação: se são florzinhas, vão ficar ofendidos com este post. Voltem só amanhã, por favor. Voltando ao post, não gosto de pessoas que demoram a entender as coisas. Ando a tirar um curso de alemão. A turma é composta por pessoas de todas a idades e todos os sectores; é bastante heterogénea portanto. Assim sendo, é normal que haja lá pessoas que, como eu, têm mais jeito para as línguas, e outras que terão mais jeito para a matemática ou para as artes. O que acontece é que quando faço grupo com pessoas mais lentas (se eu quisesse ser rude, poderia chamar-lhes burras, mas não é esse o caso), sinto que sou prejudicada. Eu e elas. Eu, porque tenho de andar a um ritmo bastante inferior ao desejado, e faço um exercício quando poderia ter feito três. Elas, porque acabam por não conseguir acompanhar o meu ritmo e copiam as respostas, sem perceberem. Noto perfeitamente a diferença quando fico em grupos de pessoas que estão ao meu nível, porque, tendo o mesmo ritmo, tornamo-nos bastante mais produtivos. Nem sei se isto está certo do ponto de vista pedagógico, mas os grupos devia ser feitos com pessoas mais ou menos homogéneas em termos de conhecimento/entendimento nas matérias em questão. Não estou a chamar burras às pessoas mais lentas, eu nem as conheço. Elas podem ser génios da ciência e não darem uma para a caixa em línguas. Em artes, por exemplo, eu sou uma nulidade. É normal, não podemos ser bons em tudo. Podemos ser bons em pouca coisa ou medianos em muita coisa. E depois temos também talentos inatos, áreas para as quais temos de dispender pouco esforço para sermos bons. E algumas daquelas pessoas claramente não nasceram para falar alemão.

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