11 julho 2012

Da arrumação

Não gosto de deitar coisas fora. Por isso, ao longo dos anos, vou acumulando tralha inútil. Uma pedrinha que trouxe não sei de onde, uma borboleta que saiu num ovo kinder, uma caixa de maquilhagem que era muito gira, uma caneta que não escreve mas que tem um desenho muito bonito, rodas de móveis que nunca usei mas que podem um dia ser precisas, um porta-chaves partido que já não é porta-chaves mas que foi não sei quem que me deu... Bem, acho que dá para perceber a idea. Não gosto mesmo de deitar coisas fora e depois deixo-me um bocado levar pela parte sentimental. Por isso tenho um escritório cheio de lixo. Mas quando começo a deitar coisas fora, também é difícil parar, porque fico assim como que embuída do espírito da arrumação e tudo o que me aparecer à frente é quase certo que acaba num saco do lixo. Nos últimos tempos, fiz cerca de três arrumações ao escritório e, ao todo, acho que enchi pelo menos sete sacos do lixo. E senti-me muito bem. Isso e todo o espaço livre que ficou disponível. E acho que ainda estou um bocado possuída pela espírito da limpeza, por isso provavelmente ainda vou perder o amor a mais tralha inútil e continuar a ensacar.

1 comentário:

Dona Taralhoca disse...

LOL, achei piada a forma como escreves-te este post...LOL

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