25 agosto 2011

Da privacidade

Não gosto de pessoas que põem a vida toda no Facebook. E quando digo toda, é mesmo toda. Há pessoas que combinam coisas no Facebook, com menção a sítios e horas. Que fazem check-ins virtuais em sítios. Que põem todas as fotos das férias. Que põem fotos do filho recém-nascido. Que revelam tudo tudo tudo. Isto faz-me confusão, uma vez que acho que é exposição em demasia e também por efeitos de segurança. Às vezes penso que se houvesse um stalker atrás destas pessoas, seria fácil demais apanhá-las. Claro que isso (em princípio) não acontece, mas a partir do momento que a informação está na internet, ela passa a ser de toda a gente (especialmente do Mark Zuckerberg, que se recusa a alterar a política de privacidade do site). Há uns tempos li um artigo sobre isso que dizia que os jovens de hoje, daqui a uns anos, se vão arrepender de toda a informação que disponibilizaram na internet (acho que falavam mais em termos profissionais, por exemplo no caso de o patrão ver fotos da pessoa em causa bêbeda com os amigos). Mesmo eu quando estou a seleccionar CVs para entrevistas, costumo verificar se as pessoas têm conta no Facebook, por isso convém sermos cuidadosos com aquilo que partilhamos. Para além desta questão, que pode parecer irreleveante, mas que no fundo tem alguma razão de ser, há também a questão pessoal. Acho engraçado partilharmos algumas coisas, entre fotos e experiências, mas o Facebook não é um álbum de memórias, por isso não vou colar lá toda a minha vida. É bom haver alguma contenção.

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu tenho fotos do meu filho no Facebook, mas está só há vista dos amigos e família (tenho alguns amigos e família que infelizmente moram longe e só assim o conseguem ver), e como é obvio em vez de ter 3000 amigos, só tenho mesmo pessoas que conheço e confio.
Mas por exemplo tinha uma foto muito gira do meu filho, mas via-se as partes intimas (estava na banheira) e como é obvio no computador fiz uma montagem para tapar essa parte, porque não acho correcto andar por aí a mostrar a intimidade do meu filho, como vejo muitos pais fazerem, e alguns amigos acharam estranho eu ter essas preocupações, porque pelos vistos é muito natural por aí colocar fotos dos filhos como vieram ao mundo...

Aflito disse...

Eu não sei o que é pior.
Se a foto do puto com a pila à mostra ou uma foto com uma martelada ranhosa feita no paint.

Se calhar o melhor é mesmo nem colocar essa foto!

Mas isto, digo eu, que nem filhos tenho.

Isabel disse...

Eu que sou do tempo da pré-história e não ligo peva ao FB, para além de tudo o que mencionaste, também não percebo quando descarregam as 174 fotografias das férias todas (desfocadas, de patas para o ar, sem qualquer interesse, mais outra muito mal tirada onde as pessoas estão horrorosas) para o mundo ver. Onde é que está o interesse disso? É que nem a própria pessoa se interessa, ou faria uma selecção mais rigorosa.

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