30 novembro 2012

Da imitação

Não gosto de imitações. Falo de imitações de coisas de marca, vulgo contrafacção. Vamos a uma feira qualquer e amontoam-se as barracas, de ciganos normalmente, que vendem produtos de imitação de marcas conhecidas. Camisolas, óculos de sol, carteiras, pólos, sapatilhas, casacos, relógios da Nike, Louis Vuitton, Adidas, Lacoste, Chanel e muito mais. Basta haver um original para se poder adquirir a cópia por uns trocos. Eu não sou o público preferencial dos vendedores de contrafacção. Se fosse por mim, já tinham morrido de fome, pois eu não vejo nenhuma vantagem em comprar cópias. Vamos analisar: eu compro uma coisa de marca porque é, em princípio e se a qualidade corresponder ao preço, boa. Eu compro relógios da Swatch porque para além de serem giros, são bons, é muito raro avariarem. Se eu comprar uma imitação, a característica qualidade não será de certeza a mesma do original. Provavelmente um relógio que imite os Swatch será mais propenso a avarias. Em termos de qualidade, acho que estamos conversados. Em termos de estética, bom, pegando no mesmo exemplo, deve haver milhares de outros relógios que sejam giros e que não sejam criados com o propósito de copiar. Pode dar-se tambem o caso em que as pessoas comprem imitações para darem a ilusão de serem super fixes, mas isso é parvo. Ninguém é mais fixe por ter roupa ou relógios de marca. A minha filosofia é simples: se gostar e tiver dinheiro para comprar, compro o original; se não, compro qualquer coisa que não uma imitação. Gosto muito dos meus óculos de sol Ray Ban e não os trocaria por imitações baratas (até porue no caso dos óculos, tenho medo de usar óculos baratos que façam mal à vista, prefiro não usar nada); mas também gosto de algumas malas da Chanel e não vou comprar a imitação só porque não tenho dinheiro para o original, em vez disso compro uma mala qualquer da Parfois. Mas as pessoas não são todas iguais. Conhecia uma rapariga que uma vez comprou uma mala de plástico, imitação da Louis Vuitton, que custou 50€. Com esse dinheiro, eu comprava uma mala de pele que me duraria 10 anos. Mas ainda bem que existem pessoas como ela, senão as barracas dos ciganos estavam às moscas.

29 novembro 2012

Da energia

Não gosto de Red Bull. O efeito que supostamente faz não me interessa. Se eu precisar de energia extra como um bolo de morangos com chantilly, que contém imeeeensos hidratos de carbono e não sabe a medicamento, como Red Bull. Custa-me acreditar que alguém beba aquilo porque gosta. Uma coisa é beber porque precisam de estar acordados mais tempo, com energia adicional; outra é beber porque se acha que aquilo sabe bem. Para ajudar à festa, há também aquela parte em que se diz que aquilo faz mal à saúde, por equivaler a não sei quantas (imaginar número acima de 10) chávenas de café, apesar de eu ter ido pesquisar e no site deles dizer que equivale apenas a 250 ml de café. Independentemente de fazer mal ou menos mal, não invalida aquilo ser uma trampa.

28 novembro 2012

Do divertimento

Não gosto de consolas. Playstation, Wii, X-Box (nem sei se esta ainda se vende) e outras do género. É daquelas coisas que me passam ao lado. Quando tinha uns 20 anos, comprei uma Playstation. Porque queria ter uma. Joguei Tomb Raider uns meses até que me fartei e nunca mais peguei naquilo. E logo ali vi que não valia a pena gastar o meu dinheiro em joguinhos. Desde há uns anos, está na moda as pessoas comprarem consolas. Não porque são aficionados, sempre gostaram de jogos e jogam World of Warcraft todos os dias  ou porque jogam PES online com os seus amigos todos os dias de madrugada. Não, nada disso. Compram porque gostam do Buzz. Logo à partida, parece-me um bocado estúpido comprar uma consola apenas para jogar um jogo. Eu também gosto de jogos de carros e não vou gastar 300€ para jogar duas vezes por mês, não se justifica o investimento. Há também o caso, que acontece com a Wii especialmente, em que compram a consola para 'emagrecer'. Aquilo tem um jogo qualquer que dá para fazer exercício e as pessoas enganam-se a si próprias e dizem que vão comprar a consola em vez de irem para o ginásio. É óbvio que passado nem um mês, já está enconstada. Em todos os casos de pessoas que compram consolas por comprar, porque gostam de um jogo ou porque acham que vão emagrecer, a loucura não dura muito tempo. Passado uns meses, a consola já está a ganhar pó no móvel por baixo da televisão. E parece-me um bocado irreflectido gastar tanto dinheiro, sem ponderar bem a decisão, para depois não usar. Especialmente quando o dinheiro é um bem tão escasso como hoje em dia.

27 novembro 2012

Da insistência

Não gosto quando alguém liga para um telefone e, não sendo este atendido, continuam a ligar, até ao infinito.  Eu tenho uma regra, ligo duas vezes. À primeira a pessoa pode não ter tido tempo de encontrar o telemóvel na carteira (caso seja mulher), pode não ter chegado a tempo, então a segunda vez é para dar mais uma oportunidade. Se não atendem à segunda, eu páro de ligar. A pessoa irá ver as chamadas e irá retribuir. Se não retribuir, posso ligar de novo dentro de algum tempo. Mas há pessaos que ligam, ligam, ligam, ligam. Isso deixa-me fora de mim, especialmente se não é o meu telemóvel e não o posso calar. Lembro-me que uma vez um colega do escritório foi para uma reunião e esqueceu-se do telemóvel na secretária. Então alguma besta esteve a ligar, sempre seguido, para cima de 15 minutos. Para ajudar à festa, o toque que ele tinha era super irritante e eu já estava no abismo da loucura. Tentei pôr o telemóvel em silêncio, mas como o/a idiota do outro lado não parava de ligar, não dava sequer tempo para eu descobrir como fazer isso. Até que tentei esconder o telemóvel e abafar o som. Quando ele chegou, disse-me que tinha 17 chamadas (e afinal não era assim tããão urgente). Quem é que liga 17 vezes? Por favor... É que nem que fosse uma super emergência, tipo a mulher dele ter tido um acidente e ter ido para o hospital, como eu cheguei a pensar, dada a insistência, isso não iria fazê-lo atender mais rápido. Se tivessem ligado 5 vezes, vá, faria o mesmo efeito, que era ele devolver a chamada mal visse tantas tentativas de contacto. Vamos tentar ser comedidos e, mesmo em situações mais urgentes, ter a clareza de espírito para perceber que ligar 3652 vezes seguidas não vai fazer com que atendam mais rápido.

26 novembro 2012

Do atraso

Não gosto de cabeleireiros. Já disse isso aqui e aqui, mas hoje o que me leva a falar disto é uma perspectiva diferente. Para além de tudo o que me aborrece nas idas ao cabeleireiro, uma das coisas que me aborrece mais é não conseguir ir cortar o cabelo à semana. Saio do trabalho às 18h. Se sair às 18h certinhas, não consigo chegar a qualquer sítio antes das 18h30. Ah, a hipótese de ir a um cabeleireiro perto do trabalho está de parte: ou são bons e carissímos ou são baratos mas muito fracos. Então chego a um cabeleireiro no mínimo às 18h30, se correr bem e não apanhar trânsito nenhum, e já ninguém me corta o cabelo. Uns porque fecham às 19h, outros porque fecham às 20h mas ainda têm 4 pessoas para serem atendidas até lá. Vejo-me obrigada a ir tratar do cabelo sempre aos sábados, que é muito pior porque é o dia em que toda a gente vai ao cabeleireiro e tenho sempre pelos menos 6 pessoas à minha frente e demora 2h para chegar a minha vez. Tenho sempre a hipótese de ir a um cabeleireiro de shopping, mas para além de serem caros, uma vez vi uma reportagem em que num deles queimaram a cabeça toda a uma senhora e nunca mais ljhe cresceu cabelo nas partes queimadas e fiquei com medo. Então, para quem está a pensar dar uma de empreendedor e abrir um negócio seu e precisa de ideias vencedoras, eu ajudo: um cabeleireiro de rua, com preços 'normais', que esteja aberto até às 21h ou 22h, para as pessoas que não chegam a tempo aos outros cabeleireiros poderem arranjar o cabelo a um dia de semana. Se não querem trabalhar tantas horas, abram às 10h ou às 12h, em vez de abrirem às 8h. Era uma bela ideia. E eu ia lá.

23 novembro 2012

Da avidez

Não gosto quando estou a tentar sair de um elevador e as pessoas tentam entrar antes de eu sair. Pensei que esta era uma regra conhecida e interiorizada no mundo civilizado: nos elevadores, no metro, nos autocarros, nas lojas até, quando alguém quer sair e alguém quer entrar, quem quer sair tem sempre pioridade. Primeiro as pessoas saem, depois as pessoas entram. Isto não acontece por acaso, tem uma lógica: se um elevador está cheio e há mais pessoas para entrar, é óbvio que as pessoas que querem entrar não o conseguirão fazer antes que as demais saiam e o espaço fique livre. É uma regra simples e lógica, que eu sigo sempre. Mas ultimamente tenho notado uma vontade incontrolável de as pessoas entrarem nos elevadores onde estou, sem quererem saber de quem vai sair. A porta abre e lá estão as pessoas coladas à entrada, ficando furiosas se tentamos passar no meio delas. As pessoas querem claramente entrar em primeiro lugar, mas depois terei de as incomodar para conseguir sair... Às vezes, as pessoas irritam-me. Mas, como disse um amigo meu, elas não querem saber disso, é problema meu.

22 novembro 2012

Do custo

Não gosto de comprar livros. Não é bem não gostar. Eu gosto de comprar livros, eu adoro comprar livros. Não gosto é do preço deles. Adquiri recentemente dois livros do Saramago. Sendo literatura portuguesa, não dá para fazer aquele truque que é comprar o original inglês que é bem mais barato. Um deles comprei na promoção dos 50%, por altura do aniversário do Saramago, e por isso ficou por 8€. Mas o outro, adquirido, na ignorância, um dia antes da promoção, custou 16€ (e sim, eu sei que podia ir devolver e comprar de novo, mas deitei o talão logo para o lixo). E eu não costumo chorar o dinheiro dos livros, mas caramba! são 3 contos! Está bem que o livro é grande e tem mais de 400 páginas, mas são 16€. E o que me deixou ainda mais podre foi que no dia seguinte eles vendiam os mesmos livros a metade do preço, o que provavelmente quer dizer que, mesmo a metade do preço, as editoras não têm prejuízo, por isso é ver o dinheiro que nos roubam frequentemente. Estive também a dar uma vista de olhos num catálogo da Fnac e vi que qualquer livrozito, por mais rasca que fosse, não custa menos de 15, 20€, alguns 30€ até. O que é muito dinheiro. Até aqueles livrinhos que se vendem nos supermercados, que têm capas bonitas e brilhantes e às vezes ofertas, como saquinhos de tule e outras coisas bonitas, são todos caríssimos! 20€ por um livro é muito dinheiro. Livros que nem sequer são de capa dura, factor que costumava fazer a diferenciação de preço. Devia haver uma alternativa às edições mais caras. O Saramago tem as suas obras editadas na Caminho e o preço normal são os 16€. Mas o Intermitências da Morte, por exemplo, tem uma edição livro de bolso, que eu tenho e que é precisamente igual aos outros, com a vantagem de ser mais pequeno e mais portátil portanto, e que me custou pouco mais de 5€, um terço do preço. Porque é que não há edições mais baratas de todos os livros? Assim se percebe porque é que as pessoas não lêem: porque não têm dinheiro!

21 novembro 2012

Da sujidade

Não gosto daquelas garrafas de água de metal. As Sigg, por exemplo, ou as muitas imitações que se vêem por aí. Aquilo até é um conceito giro: usamos sempre a mesma garrafa e não estragamos garrafas de plástico, que poluem o ambiente. Têm apenas dois inconvenientes para mim: no caso das Sigg, serem caras como um raio e darem para comprar aproximadamente 90 garrafas de plástico da marca Continente ou mesmo mais de 30 garrafas de água Luso (a melhor, portanto). O outro inconveniente é cheirarem mal. Eu não tenho, por isso posso estar a dizer asneira e gostaria que me elucidassem. Eu explico: eu reutilizo uma garrafa de água de plástico. Encho-a todos os dias e bebo. Ora passado uns dias, uma semana, duas talvez, ela começa a cheirar mal. Quando ela começa a ficar velha, compro uma nova. A minha dúvida é se as garrafas de metal também cheiram mal passado um tempo. Pode não acontecer, por o material ser diferente, mas também, como são garrafas e estreitas por definição, são mais difíceis de lavar (não me digam que todos têm aquela escova especial que eu não acredito). E os 15€ que eu gastaria numa garrafa Sigg, dá para me abastecer de garrafas Luso um ano inteiro, ou então de garrafas Continente durante três anos. Será que vale a pena o investimento?

20 novembro 2012

Do conforto

Não gosto de sabrinas. As mulheres que me lêem acho que me percebem quendo digo que não existem umas únicas sabrinas confortáveis no mundo. Elas parecem todas confortáveis à primeira vista realmente, mas é só para enganar as pessoas para as comprarem. Uma pessoa olha para elas e pensa 'Que giras! E são mesmo confortáveis!' Depois compra e passado 1 hora de as usar já não consegue andar normalmente. Já parecemos aleijadas, porque aquilo magoa que se farta, ou atrás no calcanhar ou à frente à beira dos dedos ou noutro sítio qualquer. Que calçado do demo! É verdade que passado um tempo aquilo fica bom, mas nos primeiros dias apetece-me fazer uma pira e vê-las arder. Por isso decidi que não compro mais sabrinas. Tenho a certeza que há calçado igualmente bonito, que fica bem como as sabrinas ficam e que não faz parecer que estou a caminhar sobre pregos.

19 novembro 2012

Da tendência

Não gosto de programas de culinária. Por alguma razão que me transcende, os prgramas de culinária estão muito em voga. Longe vão os dias dos programas da Filipa Vacondeus, à hora de almoço, que ensinavam a aproveitar restos. Os programas que toda a gente agora vê são concursos de culinária. Não sei muito bem como funciona aquilo, porque nunca vi, mas sei que são pessoas a fazerem receitas, provavelmente originais, para depois um júri escolher o melhor chef (não é cozinheiro, é chef). Não é bem o tipo de programa que me atrai. O único programa de culinária que às vezes vejo é um que dá ao domingo ao jantar, com o Henrique Sá Pessoa, quando estou à espera dos Simpsons. E acho que esse senhor também está na moda, se calhar consequência da loucura geral por programas de culinária. Não entendo a razão de tanto encanto pelos programas de culinária, até porque, aparentemente, com o aumento de clientes dos take-away, os telespectadores não põem em prática as receitas que aprendem.

16 novembro 2012

Da publicidade

Não gosto de publicidade. Quer dizer, às vezes até gosto de ver anúncios giros e isso, mas quando é demais mete nojo. As nossas televisões abusam um bocado na duração de intervalos e patrocínios de programas e tudo o que lhes possa meter mais uns Euros ao bolso. Mas como não vejo muita televisão, não me vou debruçar sobre esse problema, vou antes debruçar-me sobre a publicidade exagerada no cinema. Eu costumo ir bastante ao cinema e cada vez isto é uma questão que me aborrece mais. Antes, há uns anos, a publicidade era menos. Uns 10 minutos, se fossemos à sessão da tarde, porque estava quase sempre vazia, à noite lá metiam mais 5 minutos de anúncios. Hoje em dia, levamos com 20 minutos de publicidade em cima, em qualquer horário. Até há algum tempo, era só a Lusomundo a exagerar (e ainda por cima, eles têm intervalo nos filmes), mas hoje em dia até a UCI se deixou arrastar. Ora eu acho isso muito mal. Estamos ali a pagar couro e cabelo para ver um mísero filme. É que se fosse grátis, eu até percebia, eles tinham de se financiar. Mas nós pagamos e não é pouco. Para além das receitas estupidamente elevadas que eles devem em ter em pipocas. Um kg de pipocas deve custar para eles uns 2€ e deve dar para 10 pacotes de pipocas, que nós pagamos a cerca de 5€ cada. O que quer dizer que os 20 minutos de publicidade é pura ganância, só para ganhar mais dinheiro. E eu até concordo que eles mostrem trailers de outros filmes, é publicidade boa para eles e o público gosta de ver (acho eu) porque fica a par dos filmes que vão sair e que possam interessar. Mas não concordo que estejam ali a mostrar 20 minutos de publicidade foleira (aquele anúncio da Zon com o Vasco Palmeirim que anda a passsar suscita-me vergonha alheia), não sendo estranho até passar o mesmo anúncio mais do que uma vez. E são anúncios sempre iguais. Anúncios de  fornecedores de internet, bebidas (cola, sumol, ice tea) e telemóveis, que mostram sempre jovens muito felizes, a cantarem, a dançarem, muito bem vestidos, a serem uber cool, no fundo. E estamos ali a levar 20 minutos com isto, quando pagamos para ver um filme, que nem sequer começa à hora marcada. Eu já tenho o hábito de ir para a sala depois da hora marcada, para não ter de ver tanta publicidade, mas eles vão aumentando o tempo que gastam com publicidade, por isso acabam por me apanhr desprevenida de vez em quando. Raios partam a Lusomundo e a UCI!

15 novembro 2012

Da divulgação

Não gosto de revistas/jornais com passatempos que só disponibilizam as soluções no número seguinte. Muitas revistas e jornais têm palavras cruzadas, sudokus, sopas de letras, diferenças e outros passatempos. Mas, numa tentativa de prender os leitores e que estes comprem o número seguinte quiçá, as soluções não estão lá, mas vêm apenas na próxima revista/jornal. Ora eu, que adoro palavras cruzadas (sudokus também, mas menos), fico lixada quando me falta apenas uma ou duas letras para completar tudo. Claro que eu queria que estivessem ali as soluções, para eu ver. Mas é também óbvio que, não as tendo, não vou comprar o número seguinte propositadamente para ver a solução. Aliás, se mesmo por acaso eu vier a ter o número seguinte, nunca me lembro de ir ver as palavras cruzadas que já fiz. Vou sim fazer as novas e voltar a ficar lixada por não ter as soluções. Por isso eu sugeria aos editores que passassem a incluir as soluções junto com o respectivo passatempo, pois esse truque não vos fará vender mais revistas e os leitores ficarão mais satisfeitos.

14 novembro 2012

Da informação

Não gosto de empresas que não têm site. Senhores empresários, hoje em dia TODAS as empresas têm de ter um site. E digo um site, não um blog que não é actualizado desde 1987 ou uma página de Facebook ou um site com uma página de entrada apenas a dizer 'Em actualização'. Estamos na era da internet e, falo por mim, gosto sempre de fazer uma pesquisa prévia antes de ir a sítios perder o meu tempo. Se eu quero comprar uma cama ou pneus para o meu carro ou um urso de peluche, gosto sempre de dar uma vista de olhos pela internet e ver as opções disponíveis. Quando falo de um site quero também dizer um site que tem o catálogo dos produtos disponíveis, com menção a preços (muito importante isto), com botões que funcionam, contactos e tudo isso que os sites costumam ter. É bom para vocês disponbilizarem estas opções na internet, porque passam a ter mais visibilidade. Compreendo que nem todas a empresas possam ter site e refiro-me agora às empresas mais pequenas, familiares, onde muitas vezes os patrões são velhinhos e não têm ninguém que os aconselhe e que praticamente não sabem o que é a internet. Compreendo que um velhinho que seja carpinteiro não vá pôr na internet fotografias das cadeiras e mesas que já fez, com uma tabela de preços ao lado. Mas não percebo, por exemplo, que a Body Shop, uma multi-nacional, adquirida recentemente pelo gigante da cosmética, Lóréal, não tenha um site em português. Não percebo como a Pórtico, loja espanhola presente em vários centros comerciais, tenha apenas um site em espanhol bastante foleiro. Podia dar muitos mais exemplos, mas acho que já deu para perceber a ideia. É preciso investir em bons sites, com bastante informação, que funcionem bem, porque, para além da função óbvia que é informar os clientes, traz mais visibilidade à empresa e passa uma boa imagem cá para fora.

13 novembro 2012

Da visibilidade

Não gosto de ir atrás de camiões. Se há coisa que me aborrece, principalmente em filas, é ir atrás de camiões ou carrinhas ou camionetas ou outro veículo mais alto do que o meu carro. Porque me tira toda a visibilidade. Em filas passo-me mesmo, por dois motivos. Primeiro porque não dá mesmo para ver para a frente e não sei quando vamos andar, se é para andar e parar logo, se é para andar e continuar sempre... Segundo, porque normalmente os camiões andam mais devagar, ou demoram mais a arrancar, e toda a gente se mete à frente deles e fico sempre com a sensação que vou ser a última pessoa a sair dali, porque todas as outras já vão à frente do camião. Há também a questão do ter medo que a carga caia em cima de mim, caso sejam camiões que transportam algo (especialmente aqueles que transpostam aqueles troncos enormes de madeira, que depois de ver o Final Destination 2 fiquei traumatizada e evito sempre ao máximo estar a menos de 1 km deles). Então ou passo para a fila do lado ou deixo entrar muitos carros à minha frente, para ficar mais longe deles.

12 novembro 2012

Da comodidade

Não gosto de pijamas sem bolsos. Há um daqueles mails que circulavam em cadeia por volta do ano 2000, mais coisa menos coisa, que dizia 'porque é que os pijamas têm bolsos?', assim num tom de admiração, como se fosse uma coisa completamente inútil. Pois eu não acho. Dá muito jeito para aquecer as mãos. Eu ando sempre de pijama em casa. Chego a casa e a primeira coisa que faço é trocar de roupa. Não consigo usar coisas apertadas, gosto de andar à vontade e então visto o pijama (e mais 2 camisolas polares por cima, agora no Inverno). E por isso gosto muito de pijamas que tenham bolsos, porque assim posso aquecer as mãos. Quando uso pijamas sem bolsos tenho sempre a sensação que falta alguma coisa. No Verão, não me faz diferença, mas pijamas de Inverno têm de ter bolsos.

09 novembro 2012

Das saídas II

Não gosto de jantares de mulheres. As mulheres, especialmente as que não têm muito por hábito sair à noite, de vez em quando lembram-se daquela parvoeira chamada 'jantares de gajas'. Elas costumam safar-se com esta desculpa junto dos namorados/maridos no máximo duas noites por ano. Nestes jantares, ao contrário do que as mulheres gostam de fazer crer, não acontece nada especial. O mito está desfeito. São apenas mulheres juntas, overdressed, que vão jantar e eventualmente tomar um copo. Não fazem nada que não pudessem fazer na companhia de homens. A única coisa que acontece em demasia e durante o jantar todo é o histerismo. O espírito da diversão parece que as (nos) possui e é vê-las aos berrinhos, risinhos, gritinhos e saltinhos. Confesso que não é o meu programa preferido, mas quando vou acabo por ser contagiada pela histeria colectiva e entrar no espírito.

08 novembro 2012

Da vaidade

Não gosto de frio. Como já disse por aqui, prefiro chuva. O frio é muito chato, poque obriga-me a andar toda enchouriçada. Eu sou muito friorenta, então tenho de vestir uma t-shirt/camisola, uma camisola grossa, um casaco fino e um casacão por cima. E claro, não me consigo mexer, pareço o boneco da Michelin. Pior é quando está tanto frio no escritório que tenho de andar aqui nessa figura. O que me leva a uma grande dúvida: as bloggers de moda. Elas têm fotografias em pleno Inverno, a usarem camisolinhas ou blusas finíssimas. Será que o frio só atinge os pobres coitados fashion-excluídos? Tenho duas ou três teorias para este facto: só se movimentam em sítios com aquecimento central ligado nos 22º permanentemente (assim ao estilo de países nórdicos, que só está frio nas ruas e quando se entra em algum sítio temos de andar de manga curta). Ou então só vestem aquelas roupas para a fotografia, enfiando um camisolão bem grosso depois do click da máquina. Ou então a sabedoria popular tinha razão e a vaidade aquece mesmo.

07 novembro 2012

Da conveniência

Não gosto de secadores de mãos eléctricos. São muito populares em casas de banho públicas, mas não dão jeito nenhum e nem sempre temos a alternativa das toalhas de papel. Não conheço ninguém que prefira este método ao método tradicional do papel. Em termos de consumo/poupança/ambiente, não fiz as contas, mas não serão muito díspares em termos de consumo: um gasta papel, outro gasta electricidade, ainda que pouca, vá. Em termos práticos, os secadores eléctricos demoram bem mais tempo a secar as mãos e deixam as mãos mais ressequidas do que o papel. E há tambem a questão das bactérias. Este método será bastante mais propício a acumular e transmitir bactérias, como acontece por exemplo com o ar condicionado. Para além do barulho ensurdecedor que faz. Só vejo razões para eliminarem de vez esta aberração dos tempos modernos.

06 novembro 2012

Da responsabilidade

Não gosto de ir a shoppings aos fins de semana. Já repeti isso para mim várias vezes, para não me esquecer, mas há-de sempre acontecer qualquer coisa e acabo por ir lá parar lá nestes dias do demo, uma vez ou outra. Ou porque quero ir ao cinema ou porque é preciso comprar uma prenda de última hora ou porque tenho de ir comprar iogurtes ao supermercado. Ora acontece que neste último domingo caí no erro de ir lá. Como estava bom tempo, um pouco frio mas sol, pensei que não estaria tão mau como em dias de chuva, em que está completamente à pinha. Errado. Cheguei lá e as filas para entrar no parque estavam lá fora. Minutos para entrar, mais minutos e minutos para arranjar lugar, porque não havia um único lugar disponível e depois subir. Subir e... ver milhares de pessoas, a esbarrarem-se umas às outras, cheias de sacos e de vontade de esgotarem as lojas, tais eram as filas nas caixas. Depois percebi que o facto de ser início do mês ajudava, pois as pessoas ainda tinham dinheiro para gastar. O que me apoquenta mais no meio disto tudo é como é que as pessoas ainda vão assim para o shopping, gastar o que podem e o que não podem, muitas vezes. Já sei que vem para aqui alguém dizer que eu não tenho nada a ver com a vida dos outrs e eles gastam o dinheiro onde quiserem. Sim, é verdade. Até podiam forrar o caixote da areia do vosso gato com notas de 500€ e eu não ia ter nada a ver com isso. Mas mesmo assim, ia poder achar que era insensato. Como acho insensato que se vá logo no início do mês para o shopping estourar o dinheiro todo do mês. Não admira que já não tenham dinheiro no dia 10. Ah, mas tu também estavas no shopping. Sim, estava. Mas, para além de não ter comprado nada, não tenho uma família e filhos para sustentar, uma casa ou um carro para pagar. Cada um sabe de si e Deus sabe de todos, como o meu pai costuma dizer, mas realmente depois não fico muito surpreendida quando as pessoas vêm dizer que não têm dinheiro. Sinceramente, não acredito que TODAS aquelas pessoas estivessem assim tão necessitadas de uma carteira ou um casaco novo, ou que fossem todas ricas e o aumento do IRS anunciado não lhes faça diferença no final do mês. E não eram bens de primeira necessidade, as pessoas simplesmente habituaram-se a comprar. Comprar por comprar. E quem sou eu para falar, que muitas vezes faço o mesmo. Mas tenho sempre em conta as minhas responsabilidades. Espero que todas aquelas pessoas também o façam.

05 novembro 2012

Da acção

Não gosto do Skyfall, o novo filme do James Bond. Não é não gosto em absoluto. O filme é um 007 e eu sou grande fã dele, por isso eu ia gostar sempre, nem que ele passasse o filme todo a rebolar-se em trampa (faz de conta). Mas há coisas que me desiludiram. Primeiro, como hoje em dia acontece em quase todos os filmes de acção, as cenas de acção do trailer são apenas e só as cenas de acção do filme. Ou seja, se virmos o trailer, cobrimos todas as cenas de acção que valem a pena ver no filme. Para um 007, mais ainda do que para outros filmes, isso não é muito bom. Porque do 007 espera-se que ande sempre a perseguir os maus, a tentar acabar com o mal no mundo, non-stop, e este 007 esteve mais parado, no geral. Temos também a questão dos gadgets. Como apreciadora destes filmes, acho que os gadgets é que lhes dão a aura de filmes de super-espião. Não é preciso ter um carro invisível (isso pode ter sido um pouco demais), mas uma caneta ou um relógio que explode dão sempre o seu charme. As duas Bond girls são muito fraquinhas e o seu tempo em cena é muito breve. O vilão também não surpreendeu. E depois, o que me incomodou mais, as questões de continuidade em relação aos filmes anteriores estão cheias de plot holes. Ou fui eu que não percebi ou há imensas coisas que não fazem sentido e outras que me suscitam dúvidas. Estou um bocado obcecada com esta situação, mas este filme não faz qualquer sentido em questão de sequência temporal com os outros filmes. Há demasiadas incoerências. SPOILER ALERT: Se a M morre, e a Moneypenny começou agora o seu trabalho de secretária, como é que nos filmes do Pierce Brosnan elas convivem as duas? Este Q é anterior ou posterior ao outro mais velho dos filmes anteriores? Ou é o mesmo, quando era mais novo? O Casino Royale era uma prequela dos outros filmes todos, como o Bond se tornou um 00; o Quantum of Solace era passado a seguir a esse, pois ainda falavam da Vesper; este é quando?
utilizadores online