30 novembro 2012

Da imitação

Não gosto de imitações. Falo de imitações de coisas de marca, vulgo contrafacção. Vamos a uma feira qualquer e amontoam-se as barracas, de ciganos normalmente, que vendem produtos de imitação de marcas conhecidas. Camisolas, óculos de sol, carteiras, pólos, sapatilhas, casacos, relógios da Nike, Louis Vuitton, Adidas, Lacoste, Chanel e muito mais. Basta haver um original para se poder adquirir a cópia por uns trocos. Eu não sou o público preferencial dos vendedores de contrafacção. Se fosse por mim, já tinham morrido de fome, pois eu não vejo nenhuma vantagem em comprar cópias. Vamos analisar: eu compro uma coisa de marca porque é, em princípio e se a qualidade corresponder ao preço, boa. Eu compro relógios da Swatch porque para além de serem giros, são bons, é muito raro avariarem. Se eu comprar uma imitação, a característica qualidade não será de certeza a mesma do original. Provavelmente um relógio que imite os Swatch será mais propenso a avarias. Em termos de qualidade, acho que estamos conversados. Em termos de estética, bom, pegando no mesmo exemplo, deve haver milhares de outros relógios que sejam giros e que não sejam criados com o propósito de copiar. Pode dar-se tambem o caso em que as pessoas comprem imitações para darem a ilusão de serem super fixes, mas isso é parvo. Ninguém é mais fixe por ter roupa ou relógios de marca. A minha filosofia é simples: se gostar e tiver dinheiro para comprar, compro o original; se não, compro qualquer coisa que não uma imitação. Gosto muito dos meus óculos de sol Ray Ban e não os trocaria por imitações baratas (até porue no caso dos óculos, tenho medo de usar óculos baratos que façam mal à vista, prefiro não usar nada); mas também gosto de algumas malas da Chanel e não vou comprar a imitação só porque não tenho dinheiro para o original, em vez disso compro uma mala qualquer da Parfois. Mas as pessoas não são todas iguais. Conhecia uma rapariga que uma vez comprou uma mala de plástico, imitação da Louis Vuitton, que custou 50€. Com esse dinheiro, eu comprava uma mala de pele que me duraria 10 anos. Mas ainda bem que existem pessoas como ela, senão as barracas dos ciganos estavam às moscas.

1 comentário:

Quel* disse...

"Ninguém é mais fixe por ter roupa ou relógios de marca." Vou fazer uma correcção: Ninguém deveria ser considerado mais fixe por ter roupa ou relógios de marca.
Porque infelizmente ainda há discriminação pela roupa que se usa e essas coisas.

utilizadores online