28 setembro 2012

Da especialidade

Não gosto de iogurte grego. Hoje em dia, toda a gente gosta de iogurte grego. Não conheço ninguém que não goste. Aliás, conheço até quem não goste de mais nenhum tipo de iogurte e goste apenas do grego. Isto foi um fenómeno relâmpago. Um dia, não há iogurte grego à venda em Portugal. No dia seguinte, começam a comercializar e já toda a gente come iogurtes gregos. Eu não gosto. Como, se tiver de ser, mas não gosto especialmente. São espessos demais (os apreciadores provavelmente verão isto como uma vantagem). Para não falar do preço, que são três ou quatro vezes mais caros que um iogurte 'normal'. Se me puserem um iogurte grego à frente e um iogurte de aromas de marca branca à frente, escolho o de aromas, sem hesitação. Parabéns, Danone, pelo êxito da estratégia de marketing, que pelos vistos a mim me passou ao lado.

27 setembro 2012

Do engano

Não gosto daqueles posts onde as pessoas põe as frases de pesquisa que conduziram ao seu blog. Até acho que já mencionei isso aqui. E, mesmo que gostasse, não teria muito material de trabalho, porque a maior parte das pessoas que vem ter ao meo blog, segundo o blogspot, procura mesmo 'não gosto'. Logo são poucas as pessoas que vêm ao engano. Dito isto, e indo contra todos os meus princípios, gostaria apenas de explorar três critérios de pesquisa que me chamaram a atenção e ajudar os leitores que vieram aqui ter enganados, para assim poderem voltar. Primeiro: 'pedro ribeiro divorciou-se'. Sim, o Pedro Ribeiro divorciou-se, já há algum tempo até, e actualmente namora com a Inês Cordeiro, da Comercial, que faz as notícias da manhã, julgo eu. Segundo: 'bases de chuveiro ceramica vs acrilico'. Pois, eu também não sei bem as vantagens de uma e de outra, mas recentemente adquiri uma base de acrílico. Porque são mais baratas e supostamente tão boas como as de cerâmica (duvido um pouco deste último ponto, mas vá...). Terceiro: 'qual a piada do vasco palmeirim'. Nenhuma.

26 setembro 2012

Da artificialidade

Não gosto de coisas falsas. Extensões de cabelo, unhas de gel, extensões de pestanas e todo esse rol de coisas que as mulheres usam para melhorar(?) o seu aspecto visual. Não tenho experiência com todas, felizmente. Tenho apenas com extensões de cabelo e sabe Deus como já foi mais que suficiente. Passo então a resumir a experiência. Maat corta cabelo comprido. Maat farta-se de cabelo curto e começa a obcecar com isso. Maat decide pôr extensões e foder (sim, é mesmo esta a palavra) 350€ (70 contos!!) em extensões. Maat sai do cabeleireiro, no primeiro dia, muito feliz. Maat fica um bocado desiludida no segundo dia, depois de lavar o cabelo. Maat começa a ficar um bocado farta no final da primeira semana, porque não se pode pentear como deve ser. Maat fica aborrecida na segunda semana quando olha para o chão e vê uma madeixa do seu cabelo. Maat começa a obcecar imenso com aquela merda que tem na cabeça na terceira semana. Maat acorda às 4h da manhã na quarta semana com um ataque de loucura e nesse mesmo dia vai ao cabeleireiro foder mais 50€ para lhe tirarem aquela porcaria da cabeça e voltar a ser feliz. Maat jura nunca mais se aproximar de extensões na vida e esconjurar todos os cabeleireiros que trabalhem com isso. Foi um pequeno resumo do que eu passei com as extensões e assumo que sentiria o mesmo com as restantes 'próteses' de coisas que não são nossas na realidade. Tenho a certeza que sentiria o mesmo, quer fosse com pestanas falsas, com maquilhagem permanente ou com silicone. São coisas que não são minhas mesmo, não fazem parte do meu corpo, logo iria ser penoso para mim habituar-me. Conheço casos de quem usa e gosta e sente-se bem. Nada contra, cada um sabe de si. Eu é que prefiro manter-me longe desses artifícios e gostar do meu corpo como é. E esperar que o cabelo cresça naturalmente, mesmo que um dia acorde e o decida rapá-lo com pente 3.

25 setembro 2012

Do espaço

Não gosto de baldes do lixo cheios. É uma coisa que me irrita profundamente. Não sei porque há pessoas que teimam em carregar os baldes do lixo, empurrando o lixo para baixo e tentando à força meter mais alguma coisa. Se vamos ter de despejar e vamos... E o lixo que pusemos à força até acaba por cair... Mal vejo o caixote a chegar ao limite, lá vou eu logo de saco plástico na mão, resolver a situação. O caixote da reciclagem, por exemplo, enche muito rapidamente (especialmente porque sou um bocado preguiçosa e não espalmo todas as embalagens). E lá estou eu pronta para o esvaziar, mal ele encha. É uma coisa que me faz espécie, pronto. Caixotes do lixo têm de ter sempre espaço disponível para mais lixo.

24 setembro 2012

Da evolução

Não gosto da caligrafia dos homens. No que diz respeito a homens a escrever à mão, há três hipóteses. Um (o caso mais raro e que representa apenas uma ínfima percentagem): homens que foram evoluindo a menira como escrevem ao longo dos tempos e têm uma caligrafia bonita (vamos considerar que existem cerca de 700 homens no mundo a quem isto se aplica, um número provavelmente acima da realidade). Dois: homens que sempre tiveram uma caligrafia feia e têm consciência disso e que começaram a escrever apenas em maiúsculas para disfarçar. É uma boa opção, pois pelo menos sabem que a sua letra é má e tentaram resolver isso de algum modo. Em princípio, e pela minha experiência, isto serão cerca de 25% dos homens. Três: homens que nunca melhoraram a sua forma de escrita e que ainda escrevem como se estivessem na escola primária. Caligrafia feia, em muitos casos quase imperceptível, e que não lembra a ninguém que tenha mais de dez anos. Não sei como podem olhar para aquilo que escrevem e gostar do que vêem. E depois aquilo parece uma incongruência: olhamos para um homem, alto e forte e másculo, e depois vemos a sua caligrafia e não parece ter sido feita pela mesma pessoa. Atribuímos os escritos a uma criança de sete anos. Não percebo a cena dos homens e da caligrafia, mas já vi que é um assunto sem hipóteses de melhoria.

21 setembro 2012

Da esperança

Não gosto do ritual de atirar o ramo nos casamentos. Primeiro, é a parvoíce disso, como se quem apanhasse o ramo, fosse mesmo a próxima a casar. Há provas documentadas de que isso é verdade? Depois, é aquele ritual de chamar as solteiras. 'Venham, todas as solteiras têm de vir', assim com aquela atitude de pena e de dever que as solteiras têm de passar por esta prova. Pena por as raparigas serem solteiras, coitadas, nunca casaram, vamos ser solidários e dar-lhes esperança com o ramo. Ridículo. Temos de ficar ali todas juntas, num círculo, à espera que a sorte nos calhe, e dispostas mesmo a partir para a porrada. E só sentimos os olhares de pena em cima de nós. Para piorar tudo, há sempre uma criança que também quer apanhar o ramo, então as pessoas dizem-lhe sempre para ir para a beira das pobres coitadas. E é isso que eu sinto, que somos como crianças, à espera que nos saia a sorte grande para podermos finalmente comer nas mesa dos grandes e sermos respeitadas por isso. É triste e é a parte que mais odeio nos casamentos. Odeio tanto, que me apetece ser casada nestas ocasiões para não ter de passar de novo por aquilo.

20 setembro 2012

Da demora

Não gosto de ser a última a sair dos casamentos. E acabo por ser sempre. Como só tenho ido a casamentos de amigos mais próximos, é normal que acabe sempre por ficar até mais tarde. Quem tem filhos começa a debandar por volta das 22h. Os velhinhos vão às 23h. Perto da meia-noite vão os pais e padrinhos. E depois fica sempre o grupo de amigos até ao fim. Muitos deles já bastante bêbedos, querem ficar para continuarem a beber. Outros apenas para falar. Outros ficam por ficar. E eu odeio ficar para o fim. Porque já estou cansada e cheia de sono. Porque já não há nada para fazer. Porque os noivos provavelmente estão ainda mais cansados do que eu e querem ir às suas vidas. Vou começar a levar crianças emprestadas a casamentos para conseguir pirar-me cedo e ninguém ficar chateado. Ou então bebo muito para desmaiar e ficar a dormir no carro até à hora de vir embora.

19 setembro 2012

Da popularidade

Não gosto do Subway. Toda a gente anda obcecada com o Subway. Subway para aqui, Subway para ali. So há pouco tempo é que descobri o que isso era, em primeiro lugar. Passado algum tempo, sem sequer ter curiosidade, calhou de ir lá experimentar. Comi um wrap e não gostei. Não fiquei com vontade de voltar, até que o pessoal do trabalho combinou ir lá almoçar um dia e eu acabei por aceder e ir com eles. Desta vez fiquei ainda com mais má impressão. A sande que comi não era nada de especial, foi caríssimo e o serviço é péssimo de tão lento. Completamente overrated. Não sei porque é que o Subway anda tanto nas bocas do povo, com preços altíssimos, atendimento lento e comida vulgar. Por mim, não volto

18 setembro 2012

Da festa

Não gosto das Feiras Novas. Para quem não sabe do que falo, é uma festa popular, assim ao estilo romaria, realizada todos os anos em Ponte de Lima, que mobiliza milhares (milhões?) de pessoas. Nunca lá tinha ido e, sinceramente, não via grande vantagem em ir, porque é o tipo de festa que não me atrai especialmente. Mas lá me deixei arrastar. Erro crasso. Milhares de pessoas, pessoas em todo o lado, dá-se um passo e esbarra-se em pessoas. Horas de espera em restaurantes para comer. Palcos com música própria para quem gosta de ecstasy. Bêbedos. Confusão. Querer ficar bêbeda para esquecer no que me fui meter e não conseguir porque continuamente bebem a minha bebida. Querer vir embora e não poder porque não fomos nós que levamos carro. Vir embora já de manhã e ter de parar a cada 15 minutos na auto-estrada porque alguém está mal disposto e quer vomitar. Demorar mais de uma hora para chegar a casa. Decididamente não é o meu tipo de festa.

17 setembro 2012

Das férias

Não gosto de filas para comer. De filas para estacionar. De filas nas Águas. De filas na Loja do Cidadão. De filas nos correios. De filas de trânsito. De filas no IKEA. De reclamar com vendedores de revestimentos.  De pedir orçamentos para cozinhas.  Pronto, foi o resumo das minhas férias. Quem me dera ter um blog daqueles que as pessoas postam fotos com efeitos bonitos do iPhone. Aposto que iria ganhar o concurso 'férias mais deprimentes'. Mesmo assim são férias e antes isso que trabalhar.
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