31 julho 2012

Do vazio

Não gosto da silly season da blogosfera. Está toda a gente de férias e os poucos que ainda não estão não têm nada para ler. Poucos actualizam o blog e os que o fazem é como se estivessem a falar para as moscas, porque não vai lá ninguém ler e comentar. Até sinto que estou a desperdiçar inspiração, porque ninguém vai ler isto, nem agora, porque não há ninguém cá, nem quando voltarem de férias, porque não estão para ir ler posts de há um mês atrás. Ao menos hoje não está calor, o que é um bocadinho melhor, tanto para trabalhar, como para não invejar os que estão de férias. Bloggers que ainda têm acesso à internet, vá lá, escrevam qualquer coisa para nos entreter e fazer o tempo até às férias passar mais rápido.

30 julho 2012

Da vergonha

Não gosto dos alarmes da roupa e acessórios. Os alarmes que as lojas põem para as pessoas não roubarem. E não gosto porquê? Pois, precisamente, toco em todas as lojas. É impressionante, por mais que eu avise, nunca tiram os alarmes todos. Às tantas até fazem de propósito. É certinho, compro alguma coisa e quando vou a sair pela porta da loja lá começa aquilo a tocar. Tenho de ir para trás, para procurarem a peça com o alarme escondido. Ou então também me acontece frequentemente as carteiras e porta-moedas, especialmente os da Blanco, activarem o alarme de novo. Segundo as moças da Blanco, depois de várias reclamações, eles não têm culpa, pois o alarme pode reactivar-se estando exposto ao calor (?). Assim sendo, também é normal eu entrar numa loja com uma carteira que já tenho há muito tempo e aquilo começar a tocar. Lá tenho eu de explicar que não, não roubei nada, é só uma peça da Blanco. Para verem como isto é uma praga que me persegue, até quando comprei um disco rígido passei vergonhas. Comprei na Rádio Popular, saí de lá e tudo bem. A seguir entro na Blanco e alarme começa aos berros. Lá detectámos que era o disco e toca a voltar à Rádio Popular, onde praticamente armei um escândalo. Disseram-me que era uma peça qualquer que o disco tinha que disparava o alarme e não um alarme em si. Ora bolas, mesmo artigos sem alarme têm peças que disparam os alarmes das lojas? Começo a ficar um pouco farta desta merda e pouco falta para escrever num Livro de Reclamações acerca desta situação. O que posso eu fazer? Se há carteiras onde o alarme está numa etiqueta, por exemplo, eu corto-a imediatamente. Mas se o alarme está dentro, não vou rasgar a carteira, não é? E se há peças que por si só disparam o alarme, estamos perto do fm do mundo. Alguém que me ajude. Estou farta de ser parada das lojas. Tenho bases para escrever no Livro de Reclamações com razão? Há alguma coisa que eu possa fazer?

26 julho 2012

Da firmeza

Não gosto de pessoas troca-tintas. Pessoas que hoje dizem uma coisa e amanhã já acham outra. Pessoas que mudam de opinião muito facilmente, a maior parte das vezes influenciadas por outras. Notem que eu não acho mal nenhum em mudar de opinião, acho até saudável de uma certa forma, é sinal que as pessoas aprenderam, cresceram e acabaram a pensar de outra maneira. O que me faz confusão são pessoas que estão constantemente nisto. Hoje não gostam de verde, mas amanhã já gostam. E depois de amanhã dizem mal do verde de novo. Tenho para mim que estas são pessoas que se deixam influenciar muito facilmente e que levam a opinião dos outros demasiado em conta, tentando moldar-se a ela. Não defendo que as pessoas sejam todas tão cabeça dura como eu, que abuso nisso das ideias fixas, mas um pouco de assertividade e firmeza nas suas escolhas e opiniões fica sempre bem.

25 julho 2012

Da distracção

Não gosto de esquecimentos. Eu sou, provavelmente, a pessoa mais distraída, mais cabeça no ar, mais esquecida que conheço. Podem dizer-me para daqui a cinco minutos ligar de volta que daqui a 10 segundos já não me lembro de nada. Esqueço-me de tudo. Por isso tenho de arranjar artifícios para minimizar esta falha. A aplicação das notas e do alarme no telemóvel, com indicação da tarefa, uma agenda onde aponto todos os meus compromisos, marcados ou previstos, e mais um moleskine onde aponto tudo o que tenho para fazer. Mas tudo mesmo, tipo não me esquecer de deitar as lâmpadas fundidas no electrão. É horrível, principalmente em termos de trabalho, onde vivo constantemente em terror com medo de me esquecer de fazer alguma coisa importante. História da minha vida: 'Não te esqueças de me ligar daqui a 15 minutos para me acordar, tenho de estudar para um exame', 'Sim, eu ligo-te'. Passado três horas: 'Obrigadinha por me teres acordado, dormi a manhã toda e não estudei nada', 'Oopss...' É horrível, odeio ser assim, mas não consigo mesmo fazer mais nada para melhorar isto.

PS: Acrescento mais um pormenor importante: os mails sem anexos. Ai os mails sem anexos... Dezenas. 'Peço desculpa, envio agora o anexo que, por lapso, não incluí no mail anterior'.

24 julho 2012

Da normalidade

Não gosto da teoria que coisas diferentes do habitual 'cansam'. Passo a explicar. É normal quando alguém pensa fazer uma tatuagem haver um conselheiro que diz para não fazer num sítio que a pessoa veja todos os dias, senão 'cansa'. Ora isto é uma parvoíce. Se as pessoas gostam mesmo, têm mais é que ver. Eu vejo as minhas todos os dias e não me canso e já as tenho há muito tempo. Não sei quem inventou esta teoria. Outra exemplo é esta teoria aplicada à decoração. Em termos de cozinhas, sofás, cor predominante do quarto, se queremos pôr uma cor vibrante e alegre, vermelho, verde ou laranja, por exemplo, é também muito normal vir alguém que, na sua infinita sabedoria, nos diz para não pormos essas cores, porque 'acabam por cansar'. Então quê, só podemos usar cores sensaboronas na decoração na nossa casa, não fugir do branco, bege e cinza claro? Aposto que imensas pessoas já se deixaram levar por esta cantiga e acabaram por não pôr as cores que realmente gostavam, só com medo que 'cansasse'. Senhores, o que cansa é acartar tijolos e sacos de cimentos ou correr 30 kms, não é ter a cozinha vermelha!

20 julho 2012

Do pudor

Não gosto de transparências. Hoje em dia vê-se muito, o que não quer dizer que seja bonito. As moças andam por aí alegremente a passear pelas ruas e a mostrar os seus soutiens coloridos e as suas tangas, sem pudor. Chamem-me púdica, mas a roupa interior deverá ser isso mesmo, interior. Cada vez se usam mais tecidos esburacados, rendados, transparentes, que naturalmente potenciam uma espécie de visão raio X da nossa roupa interior. Acho que fica muito mal um soutien preto por baixo de uma blusa branca transparente. As miúdas já não aprendem coisas básicas, como por exemplo que o soutien deverá ser da mesma cor, ou de uma cor aproximada da roupa? Se uma blusa é branca, o soutien deverá ser branco, para não se notar tanto. Ou aqueles cor da pele, que ainda se notam menos, apesar de a cor ser feia, por si só. Mas não, usam soutiens pretos ou rosa forte, para se ver bem ao longe. É um problema só meu? Sou eu que sou demasiado old fashioned para não gostar que desconhecidos vejam a minha roupa interior? Ou é realmente um problema de falta de vergonha generalizada?

19 julho 2012

Da insistência

Não gosto de velhinhos na passadeira. Velhinhos na passadeira são um problema. Eles estão lá e querem efectivamente atravessar. Ora nós vimos no nosso carro e vemos os velhinhos na passadeira e paramos. E então os velhinhos mandam-nos seguir. É uma particularidade especial dos velhinhos, é nunca quererem passar à primeira. Os condutores páram e eles mandam-nos seguir sempre. É que ainda se nos mandassem seguir antes de pararmos, dava-nos jeito. Mas eles costumam fazer isso apenas depois de já termos imobilizado o veículo. E então estamos ali minutos a insistir, tipo 'Não, passe o senhor' e o velhinho 'não, passe você' e nós 'insisto, passe' e o velhinho 'eu tenho tempo, ande lá' e nós já piursos 'passe mas é de uma vez' e eles ao fim de cinco minutos disto lá acabam por atravessar. Gostava de saber porque fazem isto. É por terem tempo? É por não quererem incomodar ninguém? E já nem vou falar naqueles que ficam à beira da passadeira alegremente, a ver a banda, sem quererem atravessar, a enganar os condutores, que param, e só depois é que eles avisam que não, não querem atravessar, só estão ali.

18 julho 2012

Da dificuldade

Não gosto que abram as embalagens mal. É um problema essencialmente dos homens. Embalagens de toalhitas que têm aquele selo para manter a frescura rasgadas num canto qualquer, embalagens de arroz abertas de pernas para o ar... Já cheguei a ver um pacote de leite, que até tem picotado para abrir e tudo, aberto pelo fundo! Se aquilo tem sítios próprios para abrir, se tem abertura fácil, porque não usá-los? Odeio ver embalagens mal abertas, fico possuída. Senhores, e senhoras mais desatentas até, antes de abirem as embalagens pelo primeiro sítio que vos chega às mãos, percam três segundos da vossa vida a olhar e a ver se aquilo não tem uma abertura fácil. É que às vezes estamos ali a forçar, a forçar, sem necessidade, porque basta tentar do outro lado e aquilo abre logo. Lembrem-se desta lição: se é muito difícil de abrir, é provável que estejam a abrir mal.

17 julho 2012

Da igualdade

Não gosto de mobiliário moderno. Vamos a lojas de mobiliário e as mobílias modernas são todas iguais. Linhas rectas, cores escuras (castanho e preto, especialmente, e um ou outro apontamento de cor) e todas iguais. Por isso é que hoje em dia quem entra numa casa moderna, já as viu todas, não vale a pena perder tempo a ver mais. Tudo igual: cortinados iguais, tapetes iguais, sofás iguais, mobília igual. Será que as pessoas não têm originalidade para arranjar peças diferentes para decorar a sua casa? Ou será que toda a gente gosta da mesma coisa? Parece-me difícil acreditar nisto. Eu sei que com a chegada do IKEA a Portugal as casas uniformizaram-se um bocado, em termos de decoração, quer seja porque quase toda a gente compra lá tudo, por ser barato, ou porque as outras lojas fazem coisas semelhantes ao IKEA. Mas mesmo no IKEA, há outras alternativas à monotonia. Às vezes nem é preciso ser a mobília inteira. Basta uma ou outra peça para dar um ar diferente a todo o conjunto. Se calhar, o problema é meu, que embirro demasiado com este tipo de mobília, não nego, mas poça, as casas são todas iguais!

16 julho 2012

Da iluminação

Não gosto de lâmpadas económicas.  Já sei que toda a gente me vai cair em cima, isto não é nada politicamente correcto, mas vá, admitam, é muito chato ligarmos a luz e aquilo demorar uns 10 minutos para iluminar bem, não é? O sítio onde me aborrece mais é na casa de banho. Para já, porque não tem luz natural, logo dependo unicamente de iluminação artificial. Depois porque o processo de ir lá é tão rápido, que quando saio ainda não deu tempo para aquilo iluminar decentemente. Todo o tempo que lá estou aquilo fica assim na penumbra. A minha sorte é não ser homem, senão seria difícil acertar na sanita na obscuridade. Será que não há outras lâmpadas económicas e amigas do ambiente que dêem luz, como é a sua função?

13 julho 2012

Da tortura

Não gosto de tarefas domésticas. Cozinhar, tratar da roupa e da loiça, limpar e tudo o resto que é preciso fazer numa casa não é mesmo a minha praia. Hoje em dia isto é um bocado comum, mas também tenho algumas amigas que adoram tudo isso e gostavam de trocar o trabalho pela vida doméstica, se pudessem (super freaks...). Ficar em casa a bordar e tratar das crianças era o sonho delas. Eu rapidamente daria em louca. Cozinhar é o meu pior pesadelo. Mais facilmente comia bolachas com queijo e sandes de chourição a vida toda que cozinhava a todas as refeições. Passar a ferro é chato chato, limpar o pó é horrível e tratar da roupa é outra seca descomunal. Lavar a loiça é suportável, lavar casas de banho idem. Não me importo muito de limpar e arrumar, pôr as coisas nos seus devidos sítios, desde que em doses moderadas. O que mais gosto de fazer é aspirar (dahhh, é o mais fácil) e passar o chão com a esfregona. Confesso que não há nada como ter a casa sempre impecável, a cheirar a limpo, mas nem sempre há tempo para o fazer. Odeio pó e desarrumação e quando vejo a casa em pantanas desespero um bocado. Contratar uma empregada está fora de questão (pelos menos a médio prazo), por isso só me resta lamentar-me o resto da vida e fazer as coisas contrariada. Raios de casas que não se limpam a elas próprias!

12 julho 2012

Da limpeza

Não gosto de pessoas que não lavam o cabelo todos os dias 'porque faz mal', e que, por isso, andam como cabelo oleoso. É normal quando vou ao cabeleireiro que me perguntem com que frequência lavo o cabelo. E eu naturalmente respondo  que lavo todos os dias. E cai o carmo e a trindade. 'Ai que lavar todos dias faz mal', 'apodrece a raiz', ' o cabelo não tem tempo de secar' e outros mitos do género. Senhores/as cabeleireiros, eu até percebo que vocês acreditem nessas coisas, apesar de eu não o fazer, mas vocês acham mesmo que eu ia andar com o cabelo oleoso só porque faz mal lavar todos os dias? E ainda ia ter de tomar banho de touca para não molhar o cabelo nos dias em que não o queria lavar, não? Esqueçam isso, eu prefiro correr riscos e lavar todos os dias. E não andar com o cabelo a escorrer ou então cair naquele cliché de amarrar o cabelo para disfarçar.

11 julho 2012

Da arrumação

Não gosto de deitar coisas fora. Por isso, ao longo dos anos, vou acumulando tralha inútil. Uma pedrinha que trouxe não sei de onde, uma borboleta que saiu num ovo kinder, uma caixa de maquilhagem que era muito gira, uma caneta que não escreve mas que tem um desenho muito bonito, rodas de móveis que nunca usei mas que podem um dia ser precisas, um porta-chaves partido que já não é porta-chaves mas que foi não sei quem que me deu... Bem, acho que dá para perceber a idea. Não gosto mesmo de deitar coisas fora e depois deixo-me um bocado levar pela parte sentimental. Por isso tenho um escritório cheio de lixo. Mas quando começo a deitar coisas fora, também é difícil parar, porque fico assim como que embuída do espírito da arrumação e tudo o que me aparecer à frente é quase certo que acaba num saco do lixo. Nos últimos tempos, fiz cerca de três arrumações ao escritório e, ao todo, acho que enchi pelo menos sete sacos do lixo. E senti-me muito bem. Isso e todo o espaço livre que ficou disponível. E acho que ainda estou um bocado possuída pela espírito da limpeza, por isso provavelmente ainda vou perder o amor a mais tralha inútil e continuar a ensacar.

10 julho 2012

Da divulgação

Não gosto de mudanças. Especialmente de mudanças para pior. Por isso hoje vou fazer aqui um apelo. Eu nem sou destas coisas, e os resultados dos apelos na internet valem o que valem, mas neste caso penso que se justifica, até porque é sobre uma coisa da internet. Ora o que acontece é que há a possibilidade de o Ciberdúvias da Língua Portuguesa fechar, por falta de apoio, nomeadamente dos CTT, que deixaram de patrocinar o portal. O portal agora permanece apenas com a ajuda da Fundação Vodafone, as instalações da Universidade Lusófona e um professor, estando no horizonte a possibilide de encerramento (aqui), depois de um período antecipado de férias, sem certezas de retorno. Eu não tenho poder nenhum na internet, mas peço a todas os leitores, especialmente aqueles mais conhecidos, com blogs que têm um maior impacto a nível nacional, para ajudarem a divulgar este apelo. Eu percebo que estamos em época de crise e que é preciso cortar em todo o lado, mas terá de haver outra solução que não o encerramento do Ciberdúvidas. Este é um portal que ajuda os falantes de Língua Portuguesa, que tira as dúvidas mais pertinentes dos utilizadores, revelando-se sempre muito útil. Eu não conheço nenhum outro site do género e posso dizer que este muitas vezes já me foi útil, quando tenho alguma dúvida é raro o caso em que essa mesma dúvida não esteja explicada no Ciberdúvidas. Numa altura em que a Língua Portuguesa é cada vez mais maltratada por essa internet fora, especialmente, e em que o Novo Acordo Ortográfico está em processo de implementação, acho importante termos um site ao qual podemos recorrer para tirar as dúvidas que temos em relação à nossa Língua e que nos ajuda a escrever sempre melhor. Vamos lutar para que o Ciberdúvidas volte no final das férias, como sempre aconteceu. Não acabem com o Ciberdúvidas!

06 julho 2012

Da obrigação

Não gosto de ter um blog. Gosto e não gosto. Gosto porque gosto de escrever e gosto que as pessoas gostem do que eu escrevo e gosto do meu blog porque serve de bode expiatório para as frustrações do dia-a-dia. Mas não gosto da obrigação de escrever. Não é uma obrigação, eu sei que se eu não quiser não escrevo nada durante dias ou semanas, mas eu estabeleci mentalmente a meta de um post por dia (excepto férias, que aí não escrevo mesmo, e dias que estou tão ocupada que nem tenho tempo para pestanejar). E se há dias em que estou inspiradíssima e escrevo cinco posts seguidos (guardo em rascunho, para servir moderadamente aos senhores leitores), há dias em que a fonte da inspiração seca. E nesses dias, vasculho a mente incessavelmente por coisas que eu não gosto, coisas que me irritam, mas só me consigo lembrar ou de coisas que já escrevi ou de coisas que não tem muito sentido passar para a escrita. Ou então lembro-me de coisas que não gosto, de facto, mas não consigo passá-las para o papel da melhor forma, por isso prefiro esperar até encontrar as palavras certas. Há dias difíceis. Hoje é um desses dias.

05 julho 2012

Da despesa

Não gosto de conhecer muita gente. É bom ter muitos amigos e colegas e tudo isso, mas tem as suas desvantagens. Nos próximos três meses, sensivelmente, vou ter uma panóplia de festas como nunca visto: dois casamentos, um baptizado, dois nascimentos e pelo menos quatro aniversários. Não sei o que deu às pessoas para concentrarem todos os eventos das suas vidas no Verão de 2012. Ainda por cima num ano de crise. O ano em que eu estou mais pobre (tenho mais contas para pagar) é o ano em que vou ter de gastar mais dinheiro em prendas e derivados. Não sei se será por causa do fim do mundo anunciado que as pessoas querem fazer tudo já e não deixar para o próximo ano, mas poça, podiam ter planeado isto melhor. Eu já não estava à espera de ir para fora de férias este ano, mas agora mesmo que quisesse, não podia, pois o meu subsídio vai ser gasto em presentes, aparentemente. Damn!

04 julho 2012

Do poder

Não gosto de ter poderes (assim ao estilo de super herói quase), nem acredito nisso. Mas tenho. O poder da chuva. Basta eu fazer a depilação com o propósito de andar de saia, e atenção, tem de ser especificamente com este propósito, senão não funciona, que no dia seguinte começa a chover. É certinho. Mas como disse, se não for para andar de saia ou vestido, se fizer só por fazer, já não resulta. Um bocado à semelhança daquele fenónomeno de lavar o carro que a seguir também chove. Ou acender um cigarro (nos tempos de fumadora), que a seguir o autocarro vai chegar e vamos desperdiçar esse cigarro. Mas igualmente, se o fizermos com esse propósito, deixa de resultar. Quantas vezes já acendi cigarros, desesperada depois de meia hora de espera, para ver se o autocarro finalmente aparecia e nada, continuava lá a secar e fumava o cigarro até ao fim. No caso da depilação, os senhores agricultores afectados pela seca e o Governo que teve de desembolsar subsídios podiam bem ter falado comigo durante este Inverno; pagavam-me a depilação, compravam-me um vestido novo e era certinho que no dia seguinte chovia a potes.
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