17 maio 2013
Da perseguição
Não gosto de ir a restaurantes e que os empregados me encham o copo. Acho sempre isso chiqueza a mais para mim. Eu consigo encher o meu copo. Eu prefiro encher o meu copo. Prefiro ser eu a deitar o que me apetece do que ter um senhor sempre a deixar-me o copo meio. Isto atinge o ponto máximo da insuportabilidade (não sei se existe, mas perceberam) nos casamentos. Ha sempre um empregado à espreita. Basta darmos um gole e lá vem ele repor os níveis mínimos. Se estamos com sede e bebemos tudo de enfiada, lá vem ele encher o copo logo a seguir. Fico com medo de beber porque sei que o senhor empregado nunca dorme. Está sempre atento a todos os copos da mesa, com a garrafa em punho, pronta para reabastecer. Poça, que perseguição!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
um desses artistas, ao encher-me o copo, conseguiu deixar cair uma pinga de vinho tinto dentro da dobra da manga da minha camisa.
rica pontaria, só descobri ao lavar.
Enviar um comentário