17 abril 2012

Dos laços

Não gosto de família. Eu não gosto de pessoas em geral, como já se sabe, e a família não é execpção. Se do lado do meu pai, que é filho único, como eu, tenho apenas uns primos muito afastados, já lado da minha mãe há tios e mais tios e primos e tudo isso. E nós não somos obrigados a gostar da família. Não somos obrigados a conviver com a família (pelo menos eu não). Porque eles podem ser família mas não nos dizerem nada. E ao longo dos anos, as pessoas vão-se afastando, à medida que percebem que as pessoas não lhes suscitam nenhum tipo de empatia. Lembro-me que quando andava no ciclo quase todos os meus colegas tinham primos na escola. E eu, por nenhum dos meus primos morar perto de mim, nunca tive nenhum lá. E gostava de ter tido. Agora que ando na faculdade, pela segunda vez (da primeira consegui safar-me), e agora que não quero saber dos primos para nada - claro, tinha de ser - tenho primos na mesma faculdade que eu. Que raios! Tantas faculdades no Porto e tinham de vir logo calhar à mesma que eu. Se eles nem são de cá, porquê vir para tão longe ter aulas? Há uma frase que eu e uma amiga costumamos dizer frequentemente e que realmente sumariza bem esta e muitas outras situações: nunca se pode ter tudo.

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