05 março 2013

Do respeito

Não gosto de ver lugares de estacionamento de grávidas ou deficientes cheios. Ainda outro dia quando me desloquei a um shopping, havia cerca de 6 lugares de deficientes todos ocupados com carros. Por algum motivo, custa-me a acreditar que estivessem lá 6 pessoas portadoras de deficiência, que fossem portadoras do dístico que lhes permite estacionar nestes sítios. Cheira-me que o que aconteceu é que estavam lá 6 bestas que se fartaram de procurar lugar e estacionaram ali, que são lugares maiores do que os outros e até são mesmo ali à porta. Fico doente com isto. Confesso que está situação me passava um bocado ao lado até ter um amigo paraplégico. Só depois disso, percebi o quão difícil é para ele sair do carro e montar a cadeira de rodas ao lado do carro quando está sozinho. Para além de não ser muito fácil, é um processo que precisa de espaço. Espaço esse que ele não tem num comum lugar de estacionamento. Daí os lugares de estacionamento para deficientes serem mais largos. E estão mais perto da porta por uma questão de comodidade. O mesmo se aplica para as grávidas. Não para as grávidas de 2 ou 3 meses que nem têm barriga, mas para aquelas que já tem uma barriga jeitosa e que já lhes custa andar, enquanto carregam com a criança que já começa a pesar. Os lugares existem para serem usados por quem realmente precisa e não por um qualquer espertalhão que não quer ir deixar o carro no piso -2 porque é mais longe. Se eu pudesse, riscava todos os carros que estão nestes lugares indevidamente.

4 comentários:

Pec disse...

Concordo absolutamente. É uma pouca vergonha a insensibilidade de muitas pessoas. Mas dos dois lados. E a quantidade de homens que levam os bebezinhos ao colo e quando é a vez, passam-nos às senhoras, para elas poderem dizer que pediram a senha prioritária porque tinham um bebé ao colo? (Conheço casos de "empresta aí...") Enfim, cidadania precisa-se em dose cavalar nalguns casos, mesmo.

RCA disse...

O que é que queres dizer com "se eu pudesse"?

Anónimo disse...

E lá vão aparecer aqui os santos e santas que são cidadãos exemplares e que que fazem sempre tudo para ajudar o próximo.

Lia disse...

Eu costumo dizer "estupidez não é deficiência"!

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