04 julho 2012

Do poder

Não gosto de ter poderes (assim ao estilo de super herói quase), nem acredito nisso. Mas tenho. O poder da chuva. Basta eu fazer a depilação com o propósito de andar de saia, e atenção, tem de ser especificamente com este propósito, senão não funciona, que no dia seguinte começa a chover. É certinho. Mas como disse, se não for para andar de saia ou vestido, se fizer só por fazer, já não resulta. Um bocado à semelhança daquele fenónomeno de lavar o carro que a seguir também chove. Ou acender um cigarro (nos tempos de fumadora), que a seguir o autocarro vai chegar e vamos desperdiçar esse cigarro. Mas igualmente, se o fizermos com esse propósito, deixa de resultar. Quantas vezes já acendi cigarros, desesperada depois de meia hora de espera, para ver se o autocarro finalmente aparecia e nada, continuava lá a secar e fumava o cigarro até ao fim. No caso da depilação, os senhores agricultores afectados pela seca e o Governo que teve de desembolsar subsídios podiam bem ter falado comigo durante este Inverno; pagavam-me a depilação, compravam-me um vestido novo e era certinho que no dia seguinte chovia a potes.

1 comentário:

Sílvia Barros disse...

Adorei o texto. Faço das tuas palavras, minhas, com o devido respeito é claro! Tudo o que descreveste acontece-me. Eu costumo dizer que nasci não sob influencia de algum signo mas da lei de Murphy...
Muito bom!
P.S. Estou a pensar domingo ir até à praia, por favor não faças depilação! Agradecida!

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